segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Projecto da UTAD quer cristalizar fruta sem açúcar

Projecto da UTAD quer cristalizar fruta sem açúcar
Objectivo é produzir alimentos mais saudáveis
Por: Redacção / ASM | 20- 12- 2010 16: 39

Um grupo de investigadores da Universidade de Vila Real e a fábrica
Douromel querem tornar a fruta confitada mais saudável, ao produzi-la
sem açúcar e com fibras dietéticas, noticia a Lusa.
O projecto conjunto da maior produtora de frutos para o tradicional
bolo-rei e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
apelidado de «Nutridouro», conta com um investimento de 547 mil, tendo
sido aprovado no âmbito de uma candidatura à Agência de Inovação.
Em declarações à agência Lusa, Fernando Milheiro Nunes, docente do
Departamento de Química e lidero do projecto, explicou que o
«Nutridouro» visa a produção de fruta cristalizada sem sacarose,
utilizando outros adoçantes menos calóricos.

No entanto, refere o investigador, ao mesmo tempo serão introduzidos
outros ingredientes como fibra dietética para «também aumentar os
benefícios para a saúde que podem advir do consumo desses produtos
confitados», resultando, no total, numa redução de «um quinto» das
calorias deste produto.
O resultado será um produto mais saudável a pensar nos diabéticos e em
quem pretende manter a linha sem dispensar os doces.
O responsável referiu ainda que, em termos práticos, os investigadores
sabem que conseguem substituir a sacarose, mas a questão é saber que
se mantém a qualidade do produto, razão pela qual também vai ser
conduzida uma análise sensorial dos novos produtos.
Para esse efeito, a UTAD está, de momento, a treinar um painel de
análise sensorial que vai permitir equiparar os produtos tradicionais
com os novos que estão a ser desenvolvidos.
Outra vantagem apontada pelo investigador é o tempo de duração da
fruta que aumenta, podendo conservar-se um ano ou ano ao contrário do
que acontece com os atuais produtos que perdem a validade logo após a
sua época.
No mercado, estes novos produtores serão mais valorizados, podendo
ficar mais caros entre 30 a 50 por cento, dependendo do ingrediente
que será utilizado, mas, segundo Fernando Nunes, os consumidores e
clientes da Douromel têm-se mostrado muito curiosos.
A equipa da UTAD, que integra seis investigadores do Laboratório de
Química e Qualidade Alimentar e Grupo de Cadeias Agroalimentares
Sustentáveis, vai também estudar o aproveitamento dos subprodutos,
como as caldas que poderão ser transformadas em compotas dietéticas.
Ou ainda utilizar os restos da laranja, cidrão, abóbora, nabo, figo,
cereja ou pêra como fonte de outros ingredientes alimentares com valor
económico acrescentado.
http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/tvi24-utad-investigacao-nutridouro-douromel-fruta-cristalizada/1219922-4069.html

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