quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Viniverde promete revolução no sector cooperativo.

ECONOMIA
União a sete

Margarida Cardoso (www.expresso.pt)
9:00 Quarta feira, 5 de Janeiro de 2011
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A profissionalização da gestão é um dos trunfos da Viniverde, um
projeto que pode mudar o sector cooperativo.
O modelo de negócio adotado pela Lactogal, no sector leiteiro,
inspirou sete adegas cooperativas da Região dos Vinhos Verdes a unirem
esforços para gerar economias de escala e valorizar os seus vinhos.
Foi assim que a Viniverde nasceu em 2009, decidida a promover o
trabalho conjunto das suas cooperativas e a abrir mercados de
exportação.

Depois de 35 anos de tentativas falhadas para unir agentes
vitivinícolas na região, o projeto arrancou com o lançamento da nova
marca Estreia, nas variedades tinto, branco, loureiro grande escolha e
rosé.
Trabalhar marcas
Juntas, as adegas de Barcelos, Castelo de Paiva, Celorico de Basto,
Famalicão, Lousada, Penafiel e Ponte da Barca produzem sete milhões de
litros de vinho e têm mais de 100 marcas.
Reduzir esta diversidade e garantir a junção de esforços sem que cada
uma das adegas perca a sua própria identidade é um dos desafios da
Viniverde.
As dificuldades financeiras de algumas das cooperativas fundadoras e o
arranque do projeto em período de crise, sem ter recebido o prometido
apoio do Estado para o financiamento inicial de €5 milhões, também
reduzem a margem de manobra.
Ordem para exportar
Estes problemas e o difícil equilíbrio de forças explicará o facto de
os responsáveis optarem pela discrição e preferirem "atingir um
patamar de maior consolidação antes de falar", como disseram ao
Expresso. No entanto, continuam a acreditar que "será possível ir
avançando devagarinho" e, até, alargar a base de adegas cooperativas
da Viniverde.
Trabalhar com outras regiões, como o Douro ou o Alentejo é uma das
hipóteses em estudo na empresa, que nasceu a pensar na junção de 19
cooperativas a médio prazo.
Voltada para a exportação, a Viniverde tem no Brasil o principal
mercado, mas está presente em França, Suíça, Alemanha, Luxemburgo,
Estados Unidos e Canadá. Rússia e Austrália são dois novos destinos. O
objetivo é faturar mais de €5 milhões no exterior.
http://aeiou.expresso.pt/uniao-a-sete=f623983

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