terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Preço da comida alimenta contestação

Tensão no Norte de África
01 Fevereiro 2011 | 00:01
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
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No Egipto, a revolta continua firme. Mubarak não desiste facilmente,
mas o povo também não, garantiu ao Negócios um jovem farmacêutico
egípcio. Exército garante que não dispara contra o povo, mas o país
continua a ferro e fogo. O rastilho da contestação foi o preço dos
alimentos.
A subida dos preços das matérias-primas agrícolas tem sido um factor
determinante para o encarecimento dos bens alimentares. Aliado a um
forte descontentamento perante alguns regimes autocráticos,assume-se
como o rastilho para revoltas sociais em muitos países, sobretudo no
Norte de África.

"Em 2008, os elevados preços dos alimentos foram um factor-chave no
desencadear das perturbações sociais a nível mundial. Poderá ser um
pouco cedo para dizer em que medida é que são actualmente parte do
problema, mas já houve sinais de que os elevados preços dos Alimentos
estão entre um leque de vários factores que têm sido responsáveis pela
vaga de tumultos sociais nas últimas semanas no Norte de África e no
Médio Oriente", comentou ao Negócios Gregory Barrow, porta-voz do
Programa Alimentar Mundial (PAM).
Mas terão os especuladores um papel de relevo na actual subida dos
preços alimentares? Abdolreza Abbassian, economista-chefe da
Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO),
acha que não. "Sempre houve especuladores nos mercados internacionais
e é claro que se observa um crescente uso das matérias-primas
agrícolas como um activo financeiro. Mas a subida dos preços das
'commodities' agrícolas não decorre desta especulação", sublinhou.
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