sexta-feira, 15 de abril de 2011

Preços dos alimentos mais altos e voláteis em todo o mundo

14 Abril 2011 | 17:05
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
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Os preços dos alimentos a nível mundial estão perto dos máximos de
2008, diz o Banco Mundial. Um cenário que está a colocar mais pessoas
em situação de pobreza e a agudizar os problemas de quem já estava
nessa situação.

Segundo a última edição do relatório "Food Price Watch", do Banco
Mundial, os preços dos alimentos a nível global estão 36% acima dos
níveis de há um ano e muito perto do pico atingido durante a crise de
2008. Além disso, mantêm-se bastante voláteis, levando mais pessoas
para a pobreza.
Este encarecimento dos alimentos deveu-se, em parte, ao aumento dos
custos do combustível, na sequência dos tumultos no Norte de África e
no Médio Oriente, segundo o Banco Mundial.
Os principais aumentos, face aos valores de há um ano, registaram-se
no milho (74%), trigo (69%), soja (36%) e açúcar (21%), de acordo com
a mesma fonte.
"Há mais pessoas pobres a serem penalizadas e há mais pessoas que
poderão passar a ser consideradas pobres devido aos preços dos
alimentos, que estão elevados e voláteis", comentou o presidente do
Banco Mundial, Robert B. Zoellick, em conferência de imprensa.
"Temos de colocar a alimentação em primeiro lugar e proteger os pobres
e mais vulneráveis, pois estes despendem a maioria do seu dinheiro em
comida", acrescentou o mesmo responsável.
Segundo o "Food Price Watch", se os preços a nível mundial aumentarem
mais 10%, isso poderá levar a que haja mais 10 milhões de pessoas
abaixo do limiar de pobreza extrema, que está fixado em 1,25 dólares
por dia. Uma subida de 30% dos preços levaria a mais 34 milhões de
pobres. Isto além dos 44 milhões de pessoas que foram levadas para a
pobreza desde Junho passado, devido ao encarecimento dos alimentos,
sublinha o Banco Mundial.
Esta instituição estima que existam cerca de 1,2 mil milhões de
pessoas a viver abaixo do limiar de pobreza.
Recorde-se que em Dezembro, Janeiro e Fevereiro, o índice de 55
matérias-primas alimentares, da Organização para a Agricultura e
Alimentação (FAO) da ONU, subiu para máximos históricos.
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