terça-feira, 31 de maio de 2011

Madrid pede ajuda à UE devido a perdas semanais de 200 milhões no sector hortofrutícola

Espanha vai pedir à UE ajuda para o sector hortofrutícola, cujas
perdas semanais ascendem a 200 milhões de euros na sequência das
acusações alemãs de que pepinos espanhóis contaminados terão causado a
morte a dez pessoas.
O anúncio foi feito pela ministra do Ambiente, Meio Rural e Marinho,
Rosa Aguilar, que considera não haver razões para bloquear a produção
espanhola no mercado europeu, especialmente porque não há qualquer
prova de que Espanha esteja na origem do problema.

Aguilar reuniu-se ontem em Madrid com representantes das cooperativas
agro-alimentares, das organizações agrárias COAG e UPA e da Federação
Espanhola de Produtores e Exportadores de Frutas e Hortaliças (FEPEX).
Explicando que o governo tem uma comissão que acompanhará diariamente
a crise, insistiu que Espanha "não consentirá que se continue a causar
danos gratuitos ao sector" e que "em 48 horas" estarão prontas as
análises feitas em Espanha a produtos hortícolas.
Até domingo, uma perigosa variante da bactéria Escherichia coli
(EHEC), que pode causar graves danos intestinais, renais e do sistema
nervoso central, já matou dez pessoas, nove mulheres e um homem, todos
no norte da Alemanha, número que foi actualizado para catorze, ontem
ao fim do dia.
Centenas de pessoas foram contaminadas, registando-se na Alemanha um
total de 1.200 casos, entre suspeitos e confirmados.
A Alemanha afirmou quando a crise surgiu que os pepinos que terão
causado a infecção terão tido origem em Espanha o que levou diversos
países a fechar a porta a vários produtos hortícolas espanhóis.
Clara Aguilera, conselheira andaluza da Agricultura, afirmou ontem que
o dano causado pela crise ao sector é "incalculável" e
"irrecuperável", estando a ser estudados eventuais pedidos de
compensação à UE.
Aguilera considera que as desculpas do governo alemão chegam "tarde" e
"não servem para nada" porque "os danos já estão feitos".
Espanha insiste que alguns dos pepinos do mesmo lote foram vendidos em
Espanha, onde não há registo de qualquer caso da infecção e argumenta
que a contaminação se produziu no destino e não na origem.
Fonte: Lusa
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/05/31f.htm

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