quinta-feira, 23 de junho de 2011

Acordo dos 20 países mais ricos por preços agrícolas estáveis

15h19m
Os líderes das vinte maiores economias mundiais chegaram a acordo para
adoptar um plano de acção para lutar contra a volatilidade dos preços
agrícolas, declarou o ministro francês da Agricultura, Bruno Le Maire,
cujo país preside ao G20.

foto JACKY NAEGELEN/REUTERS
Bruno Le Maire (esquerda) e Tom Vilsack
"Hoje é um grande dia, obtivemos um acordo histórico", congratulou-se
Le Maire, à saída desta reunião do G20 (grupo que reúne a 19 maiores
economias do mundo mais a União Europeia), a primeira do género sobre
agricultura.

"Foi uma verdadeira proeza da comunidade internacional", acrescentou o
ministro francês, garantindo que o acordo contém "medidas concretas"
que vão além das "declarações de princípio".
O seu homólogo norte-americano Tom Vilsack já tinha mostrado a sua
satisfação com o "consenso".
"O consenso obtido hoje pelos ministros da Agricultura resulta de uma
unidade histórica para transpor desafios urgentes como a fome e a
volatilidade dos preços dos alimentos", afirmou Vilsack numa
declaração escrita.
A França propôs um plano de acção centrado em cinco "pilares":
reinvestir na agricultura mundial para "produzir mais e melhor",
aumentar a transparência dos mercados, melhorar a coordenação
internacional para prevenir e gerir as crises e regular os mercados de
derivados de matérias-primas agrícolas.
Os ministros decidiram, por exemplo, aumentar a produção agrícola
mundial, procurando melhorar a produtividade do trigo, segundo o texto
do acordo, que permanece prudente sobre os temas mais polémicos.
Sobre a transparência dos "stocks", que suscita a desconfiança da
China e da Índia, que consideram estas informações estratégicas, o G20
vai limitar-se a criar um sistema de informações sobre os mercados,
baptizado AMIS, que funcionará no seio da Organização das Nações
Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
Esta base de dados visa "encorajar" os países a partilhar os dados e a
melhorar os sistemas de informação existentes, sem prever medidas
coercivas.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1886884&page=-1

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