quinta-feira, 2 de junho de 2011

Empresa algarvia exporta frutos vermelhos para Europa

02-06-2011

Uma empresa algarvia está a produzir morango e framboesa com
tecnologia pioneira para abastecer o mercado do Norte da Europa e quer
este ano quadruplicar a exportação de framboesa, disse à Lusa o
director da Hubel Produção Agrícola.
No ano passado aquela empresa do grupo Hubel exportou 600 toneladas de
morango e 80 de framboesa, mas quer em 2011 quadruplicar a exportação
do segundo fruto para as 300 toneladas, revelou Humberto Teixeira.
Já passaram quase 20 anos desde que o grupo se aventurou na produção
agrícola com o cultivo de meloa em hidroponia, técnica de cultivo sem
solo, mas só há quatro se lançou na exportação de pequenos frutos como
o morango e a framboesa.

A aposta no segmento aconteceu na mesma altura em que um operador
norte-americano na área dos pequenos frutos identificou Portugal como
base para replicar o seu negócio na Europa e se instalou no país.
A empresa passou então a integrar uma rede nacional que em conjunto
exportava a produção algarvia, do Sudoeste Alentejano, Oeste e
Ribatejo, ou seja, escoando um volume que «isoladamente nenhuma das
regiões tinha capacidade para fazer».
Desde então praticamente toda a produção de frutos vermelhos, primeiro
com o morango e mais tarde com a framboesa, vai para exportação, dando
resposta às necessidades do mercado do Norte da Europa, sobretudo
entre Janeiro e Abril.
Uma pequena parte da produção fica em Portugal, mas a framboesa não é
um fruto que faça parte dos hábitos alimentares dos portugueses, diz
Humberto Teixeira, lembrando que o fruto só aparecia de vez em quando
nos supermercados a preços muito altos.
«Identificámos variedades e métodos de produção que neste momento são
únicos ao nível da Europa e conseguimos adaptá-los ao Algarve»,
resume, sublinhando, contudo, que a procura é muito superior à
capacidade de produção da empresa.
A produção podia ser superior mas está limitada pela escassa
capacidade de investimento dos produtores que integram a organização
Madrefruta e pela falta de mão-de-obra, que pode revelar-se ruinosa
sobretudo na fase de colheita.
A produção agrícola nas quatro unidades que o grupo possui na região
dá emprego permanente a 60 pessoas, mas há um período entre Março e
Junho em que são necessários mais de 200 trabalhadores.
Fonte: Lusa
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia40097.aspx

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