quinta-feira, 21 de julho de 2011

Área ardida quase triplicou no primeiro semestre

INCÊNDIOS
por LusaOntem

A área ardida em Portugal devido a incêndios quase triplicou no
primeiro semestre face ao mesmo período do ano passado, ultrapassando
nove mil hectares, segundo dados da Autoridade Florestal Nacional
(AFN).
O relatório provisório de incêndios florestais da AFN para o período
entre 01 de janeiro e 30 de junho revela que arderam 9.447 hectares
contra 3.504 hectares nos primeiros seis meses de 2010.
Os fogos atingiram 2.955 hectares de povoamentos (1.048 em 2010) e
6.492 hectares de matos (2.456 no ano passado).

Do total de 6.820 ocorrências, o dobro de 2010, 1.256 foram incêndios
florestais e 5.564 fogachos.
No primeiro semestre, a AFN refere 12 grandes incêndios, ou seja, com
uma área afetada superior a 100 hectares, tendo totalizado 2.211
hectares.
A ocorrência com maior dimensão registou-se na Guarda, em fevereiro,
na qual arderam 314 hectares de matos. Em junho, o fogo destruiu 230
hectares de povoamentos no distrito de Viana do Castelo.
Os dados da AFN indicam que o maior número de ocorrências aconteceu no
distrito do Porto e das 1.947 situações 90 por cento correspondem a
fogachos, mas Braga, Viana do Castelo e Aveiro também apresentam um
número elevado.
Já no que respeita à área ardida, mais de metade (5.624 hectares)
ocorreu nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real.
Viana do Castelo registou um número mais elevado de incêndios
florestais e de área ardida (2.661 hectares).
O relatório informa ainda que os meses de março, abril e junho
concentraram 80 por cento das ocorrências e 76 por cento da área
ardida.
Em junho, 3.199 ocorrências provocaram 2.716 hectares de área ardida.
A AFN compara a situação deste ano com os valores médios do decénio
anterior e conclui que se registaram mais 190 ocorrências (mais três
por cento) e menos 3.127 hectares ardidos (menos 25 por cento).
A área ardida em 2010 foi a maior dos últimos quatro anos, tendo só
sido ultrapassada em 2003, quando arderam mais de 400 mil hectares, e
em 2005, quando as chamas consumiram cerca de 330 mil hectares.
A Autoridade Florestal Nacional é tutelada pelo Ministério da
Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1918934&page=-1

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