sexta-feira, 1 de julho de 2011

Meios disponíveis vão responder com "eficiência e eficácia"

INCÊNDIOS
por LusaOntem
O comandante nacional de Operações de Socorro (CNOS), Vítor Vaz Pinto,
disse hoje que os meios disponíveis para combater os incêndios
florestais este ano vão responder com "eficiência e eficácia", apesar
dos cortes no dispositivo devido à crise.
"Apesar dos cortes, que não são muito significativos, o dispositivo
saberá responder com eficácia e eficiência de forma a minimizar as
consequências dos incêndios florestais", afirmou à agência Lusa o novo
comandante nacional, que substituiu Gil Martins. Vítor Vaz Pinto, que
já foi comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS)
de Faro, manifestou "confiança" no dispositivo, considerando que "já
atingiu maturidade e deu provas nos anos anteriores".
Para a fase mais
crítica de incêndios florestais, que começa na sexta-feira e termina a
30 de Setembro, vão estar operacionais 9.210 elementos (menos 775 que
no ano passado), 2.018 viaturas (menos 158) e 41 meios aéreos (menos
15), além dos 237 postos de vigia da responsabilidade da GNR.
"Eu julgo que o dispositivo que foi possível constituir é um
dispositivo que nos permite enfrentar com confiança a fase mais
vulnerável dos incêndios florestais", sustentou. Como exemplo, referiu
os fogos do último fim-de-semana, em que "o dispositivo respondeu bem
e com eficiência" em condições meteorológicas extremas. No último fim
de semana, devido ao calor, registaram-se mais de 200 ocorrências de
fogo por dia. No entanto, Vaz Pinto admitiu que "nenhum país só por si
consegue estar preparado para o pior dos cenários" e recordou que há
"sempre a possibilidade" de pedir ajuda no âmbito dos acordos
bilaterais com outros países ou através do mecanismo europeu de
proteção civil.
Vítor Vaz Pinto sublinhou que os meios aéreos "são fundamentais para
ajudar no combate de incêndios florestais e para regular os fogos na
fase inicial, mas só por si não resolvem o problema". Fazendo um
balanço da fase "Bravo", que se iniciou a 15 de maio e termina hoje e
em que a redução dos efectivos foi de 3 por cento e foram menos 10 os
meios aéreos, o CNOS afirmou que "o dispositivo esteve à altura e
respondeu sempre com eficiência em todas as situações". "Até agora não
se registou qualquer constrangimento em relação ao dispositivo. As
coisas têm corrido de forma natural, sem qualquer problema de maior",
disse, adiantando que o número de ignições foram mais do dobro, em
relação à fase "Bravo" do ano passado.
Segundo Vítor Vaz Pinto, na origem das ignições está o comportamento
das pessoas. Por isso, apelou para que as populações não tenham
comportamentos de risco. O mesmo responsável afirmou que o combate aos
fogos "é a última das soluções", sendo o objectivo principal "reduzir
o número de ignições" e tal "depende dos portugueses". "A melhor forma
de prevenir os incêndios é evitá-los, mas se tal não for possível a
melhor forma é regulá-los inicialmente", disse. O relatório provisório
da Autoridade Florestal Nacional (AFN) indica que a área ardida entre
janeiro e maio mais do que duplicou em relação ao mesmo período de
2010. Nos cinco primeiros meses do ano arderam 6.755 hectares de
florestas e registaram-se 3.676 ocorrências de fogo. O Comando
Nacional de Operações de Socorro, agora comandado por Vítor Vaz Pinto,
é a principal estrutura operacional da Autoridade Nacional de
Protecção Civil, presidida pelo general Arnaldo Cruz.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1893616

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