quinta-feira, 7 de julho de 2011

Proibição de OGM deverá ser decidida por cada país

05/07 21:38 CET
A decisão de cultivar organismos geneticamente modificados deve ser
feita por cada estado-membro. A proposta teve, esta terça-feira, o
apoio de uma larga maioria dos eurodeputados. Para proibir ou limitar
o cultivo de OGM, devem ser apresentados motivos ambientais locais e
impactos socioeconómicos.

É o que explica a eurodeputada francesa, Corinne Lepage. "Na diretiva
inicial, estava previsto estudar o que chamamos de meios recetores,
onde se vai plantar. Estes estudos nunca foram feitos. Os meios
recetores na Europa são muito diferentes. Quando se vai a Itália ou à
Suécia, não se encontram os mesmos meios, nem as mesmas plantas, nem
as mesmas condições locais. Por isso, a minha proposta tem em conta
este tipo de considerações que não podem ser avaliadas em toda a
Europa".
Será que a proibição a nível nacional é a solução?
Este tema também divide a Bélgica, onde a Valónia é contra os OGM e a
Flandres é mais favorável.
Seguimos os passos de um investigador junto do único campo de batatas
transgénicas do país, situado em Wetteren, na Flandres. Há cerca de um
mês, os ambientalistas invadiram o local. Para Marc De Loose, o risco
de contaminação à agricultura tradicional ou biológica não faz
sentido.
"Para este campo experimental, tomámos todas as precauções necessárias
para prevenir a contaminação. Sei que os ativistas dizem que há
contaminação. Perguntaram-nos sobre as abelhas. Mas as abelhas não
voam em cima das batatas", conclui o investigador.
O cultivo de milho transgénico também não apresenta risco, acrescenta.
"No ano passado fizemos uma experiência e demonstrámos que uma
distância de 50 metros entre um campo de milho transgénico e outro sem
OGM é suficiente."
Mas na Valónia, a zona de segurança é de 600 metros, ou seja, 12 vezes maior.
Num país onde a batata frita é o prato do dia, na hora de questionar
os turistas sobre se preferem batatas com ou sem OGM, a resposta é
imediata: "Com certeza sem!"
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