segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bombeiros concordam com ajuda da Força Aérea no combate aos fogos

14h46m
Profissionais concorda que os meios da Força Aérea sejam utilizados no
combate aos incêndios, mas critica a proposta de extinção da Empresa
de Meios Aéreos, como defende um estudo pedido pelo Governo.

foto GLOBAL IMAGENS

A reacção ao estudo, encomendado pelo Ministério da Defesa à Força
Aérea Portuguesa foi dada esta segunda-feira por Fernando Curto,
presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), à
saída de uma reunião com o ministro da Administração Interna e com o
secretário de Estado da tutela, Filipe Lobo d'Ávila.

"Desde 2005 que a ANBP tem um projecto nesse sentido e temos vindo a
defender que deveria haver um aproveitamento dos meios do Estado,
através das Forças Armadas, que permitisse rentabilizar os meios",
afirmou.
Contudo, Fernando Curto discorda da extinção da EMA, "porque mesmo com
os meios aéreos da Força Aérea ao dispor dos bombeiros, pode haver
necessidade de se recorrer aos meios privados", lembrando as
"catástrofes" dos incêndios florestais em 2003 e 2005.
"Podemos pensar num redimensionamento da EMA para ser utilizada para
um fim específico, pontual", acrescentou.
Assim, para o presidente da ANBP, "a organização através da protecção
civil dos meios aéreos das Forças Armamdas, com devida adaptação
desses equipamentos trarão uma mais-valia ao país e vêm reforçar o
dispositivo e trazer uma maior vantagem e operacionalidade".
A Força Aérea está em condições de assumir o combate aéreo dos
incêndios a partir de 2012, confirmou hoje à Lusa fonte do ministério
da Defesa, referindo um estudo desta ramo militar pedido pelo Governo.
"O ministério da Defesa Nacional solicitou o estudo à FAP [Força Aérea
Portuguesa] e esse estudo já foi entregue, tendo como conclusão
principal estar a FAP em condições de assumir o combate os incêndios a
partir de 2012", confirmou fonte do ministério de Aguiar Branco.
A notícia foi hoje avançada pela TSF, que explica que a medida está a
ser ponderada por representar um corte nos custos.
Também o ministério da Administração Interna, que tutela a matéria,
confirmou estar a estudar a possibilidade, mas não adiantou que
redução de custos está em causa.
No entanto, fonte do MAI lembrou que o ministro Miguel Macedo, ouvido
no Parlamento dia 26 de Julho, já tinha referido que o assunto estava
a ser estudado.
Segundo a TSF, caso a Força Aérea assuma o combate dos incêndios, será
preciso extinguir a EMA - Empresa de Meios Aéreos, sendo que os meios
desta empresa pública -- incluindo avionetas e helicópteros -
passariam para a tutela da FAP.
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1948342&page=-1

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