quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Burros não querem estar sozinhos

Secção: Nordeste Rural
Planalto Mirandês
Cerca de 50 criadores participaram na IX Feira dos Burros de Miranda,
que se realizou no Santuário de Nossa Senhora do Naso.
O certame é organizado pela Associação para o Estudo e Protecção do
Gado Asinino (AEPGA), que aproveitou a ocasião para defender que a
sobrevivência das raças autóctones de Miranda do Douro passa pelo
aproveitamento das sinergias.

"É necessário que haja jovens agricultores que queiram pegar nas raças
autóctones", refere o presidente da AEPGA, Miguel Nóvoa.
Para o responsável, "é óbvio que o burro, por si só, não pode ser uma
fonte de rentabilidade única dentro de uma exploração agrícola. Por
isso é que estamos muito ligados a um novo futuro, que possa encontrar
em conjunto para a vaca e a ovelha churra galega mirandesa, em que o
burro fará parte dessa exploração".
No entanto, Miguel Nóvoa salienta que o número de crias até tem vindo
a aumentar. "Em 2003 nasciam cinco animais e em 2010 nasceram cerca de
60 no Planalto Mirandês", revela.
"Apesar de ser um bom número, é preciso ter em conta que para a raça
sobreviver tem de haver criadores e essa é a nossa grande dificuldade
porque o burro continua a estar ligado às pessoas de idade", admite o
dirigente.
Recorde-se que no Planalto Mirandês existem cerca de 800 fêmeas
reprodutoras e cada uma tem um valor comercial a rondar os 900 euros.
http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=383&id=16398&idSeccao=3451&Action=noticia

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