terça-feira, 27 de setembro de 2011

Oposição acusa Governo de não cumprir promessas

No balanço dos 100 dias de Governo, oposição e ex-ministros criticam a
coligação PSD/CDS-PP
Por: Redacção / IPL | 26- 9- 2011 13: 24

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Os primeiros 100 dias de Governo da coligação PSD/CDS-PP foram
marcados pela crítica da oposição à falta de cumprimento de promessas
feitas em campanha eleitoral, apontada como uma «falha» e um
«desastre», noticia a Lusa.
O PS reforçou a crítica falando em injustiça social, incumprimento
eleitoral e insensibilidade social.

A oposição censurou a falta de taxas sobre quem «vive dos rendimentos
de capital», a retirada de parte do subsídio de Natal, a falta de
«cortes visíveis e sérios» na despesa, o «flop e a acção de marketing»
do programa de emergência social.
Quanto à «insensibilidade» social, os socialistas criticaram ainda o
Governo pelo «caos na colocação dos professores», os «planos de
precarização laboral» e a «instabilidade» entre funcionários públicos.
O PCP atacou as políticas do Executivo, que, segundo Jorge Pires,
estão a conduzir o país ao «desastre», como a «desvalorização
salarial, o corte em 50 por cento do 13º mês e o aumento de impostos
directos e indirectos».
«Cada dia que passa o país afunda-se cada vez mais numa crise profunda
económica e social sem precedentes. São 100 dias marcados por um
ataque muito agressivo contra os rendimentos das famílias», confessou.
A subida nas tarifas da electricidade, do gás e dos transportes é
também incluída no balanço negativo dos comunistas, tal com o «ataque
aos direitos constitucionais dos portugueses», nas áreas da Saúde e
Ensino.
Pedro Filipe Soares, do Bloco Esquerda, atacou o Governo dizendo que
tem mostrado o «romper da palavra dada» em campanha eleitoral».
«Pedro Passos Coelho percorreu o país dizendo que não ia aumentar
impostos e que a carga fiscal em Portugal era superior àquela que
devia existir e falhou nessa promessa», criticou.
O Partido Os Verdes fez um balanço «extremamente negativo» do Governo,
que, segundo a deputada Heloísa Apolónia, «começou mal, ao começar com
uma contradição absoluta sobre algumas questões sobre as quais se
tinha comprometido na campanha eleitoral».
As críticas dos ex-ministros
Ana Jorge e António Serrano, antigos ministros do Governo de Sócrates,
criticaram os sectores da saúde e da agricultura, apesar de
considerarem ainda cedo para se fazer um balanço ao Governo.
Na área da saúde, a ex-ministra Ana Jorge lamenta que o actual Governo
queira ir além do memorando da troika nos cortes nesta área, alertando
que pode estar a pôr em causa a prestação de cuidados às pessoas.
A ex-ministra contestou a proibição de os exames prescritos no âmbito
do SNS serem feitos em entidades privadas convencionadas e também a
reorganização dos serviços centrais do Ministério, nomeadamente o fim
da unidade de missão dos cuidados continuados integrados e da Alta
Autoridade para os Transplantes.
Já o ex-ministro da Agricultura, António Serrano, aponta dúvidas sobre
o financiamento do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) como a
marca do arranque de Assunção Cristas deste setor.
Apesar de considerar «positiva» a retomada «a normalidade» nos
pagamentos do PRODER em Agosto, António Serrano questionou se o
Governo terá capacidade para garantir a contrapartida nacional até ao
final do ano.
O antigo responsável pela pasta da Agricultura criticou ainda a
criação do «super-ministério» de Assunção Cristas, que junta
Agricultura, Ordenamento do Território, Ambiente e Pescas.
«Não contribui para dinamizar nenhuma das áreas e dificulta a actuação
da ministra. Compreende-se que, num contexto de crise se queira
diminuir estruturas ministeriais, mas julgo que esta opção não é
positiva», acrescentou.
Prazos de conclusão do Alqueva e a situação dos viniviticultores do
Douro são outros assuntos que para António Serrano ficaram por
clarificar nestes primeiros 100 dias de Governo.
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/governo-psd-oposicao-ex-ministros-parlamento-tvi24/1283624-4071.html

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