sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vitivinicultores querem ajuda de Cavaco Silva

DOURO
por LusaHoje

Os vitivinicultores do Douro querem pedir ajuda ao Presidente da
República para a resolução dos problemas da Casa do Douro e de toda a
região que, nesta vindima, foi confrontada com o corte na produção de
vinho do Porto.
Cavaco Silva está hoje no distrito de Vila Real, para uma visita que
inclui uma passagem pelo Peso da Régua, cidade que, desde julho, já
foi palco de duas manifestações de pequenos e médios produtores de
vinho durienses.

Vítor Herdeiro, vice-presidente da Associação dos Vitivinicultores
Independentes do Douro (AVIDOURO), disse à Agência Lusa que os
lavradores querem pedir ajuda ao Chefe de Estado para a resolução dos
problemas que afetam a mais antiga região demarcada do mundo.
O responsável destacou as questões relacionadas com a Casa do Douro
(CD) porque, segundo defendeu, é necessário voltar a atribuir
competências à instituição representativa de cerca de 30 mil
vitivinicultores durienses.
Isto para, acrescentou, "um reequilíbrio entre as forças, a produção e
o comércio".
O Governo PS apresentou um acordo, em que propunha a entrega dos
vinhos empenhados da CD ao Estado para a regularização da sua dívida
(110 milhões de euros) e um adiantamento de 1,3 milhões de euros ao
organismo duriense para apoiar no pagamento dos ordenados em atraso.
O acordo nunca foi aprovado pelo Conselho Regional de Vitivinicultores
da instituição. As negociações foram entretanto suspensas por causa
das eleições de 05 de junho.
Entretanto, o Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento
do Território afirmou que a "situação atual da CD está a ser
acompanhada de perto" pela ministra, Assunção Cristas, e pelo
secretário das Florestas e Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo,
"estando neste momento em análise qual a melhor solução a apresentar à
CD".
Com uma CD "forte", Vítor Herdeiro acredita que seria mais fácil lutar
pelos lavradores que, nesta vindima, foram confrontados, com um corte
de 25 mil pipas no benefício, ou seja, na quantidade de mosto que cada
produtor pode destinar ao vinho do Porto.
O Conselho Interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto
(IVDP) fixou em 85 mil o número de pipas a beneficiar.
Ao mesmo tempo, acrescentou, a região regista uma quebra generalizada
na produção de vinho por causa das intempéries e doenças, que
obrigaram a muitos tratamentos na vinha.
"E, enquanto o preço do vinho tem vindo a decrescer de ano para ano,
os custos de produção, desde combustíveis aos produtos para
tratamentos estão sempre a subir", salientou.
Em 2001, o preço médio pago à produção foi de 1.106 euros e, em 2010,
rondou os 930 euros. Vítor Herdeiro reivindicou, pelo menos, 1.250
euros por pipa de vinho beneficiado.
"Isso ia ajudar muito a região", salientou.
No final da vindima, a AVIDOURO vai organizar um plenário de
vitivinicultores para analisar a situação.
"Se tivermos que vir para a rua e de uma forma mais agressiva, iremos
fazê-lo, porque não nos resta outra alternativa", concluiu.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1999290&seccao=Norte&page=-1

1 comentário:

Anónimo disse...

ahahahah... queram ajuda duma estátua? mas o Cavaco Silva existe enquanto Presidente?? Como 1º Ministro existiu, foi através dele que começou a destruição da agricultura e dos serviços prestados pelo Estado, é só para lembrar muitos esquecidos que por aí andam...

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