quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Armazenamento superior à media dos últimos anos em oito das 12 bacias hidrográficas

ÁGUA
11 | 10 | 2011 08.36H
O armazenamento de água na maior parte das bacias hidrográficas
portuguesas apresentou em setembro valores superiores às médias do
mesmo mês nos últimos anos, segundo dados do Sistema Nacional de
Informação de Recursos Hídricos.
Destak/Lusa | destak@destak.pt
No site da Instituto da Água (Inag), a informação disponível refere
que os valores em setembro eram mais elevados do que as médias do
mesmo mês do período de 1990 a 2010, em oito das 12 bacias
hidrográficas contabilizadas.

As exceções apontadas vão para as bacias do Lima, do Cávado, Ave e Douro.
No caso do Lima, o armazenamento é de 43,5 por cento contra a média de
55,7 por cento, enquanto no Cávado é de 52,5 por cento (58,4 por
cento), no Ave está nos 42,7 por cento (47,7 por cento) e no Douro
57,6 por cento (61,4 por cento).
Contactado pela Lusa, o presidente do Inag, Orlando Borges, sublinhou
que, apesar de Portugal viver neste momento uma situação de seca do
ponto de vista meteorológico, do ponto de vista hidrológico a seca
"está longe de ser uma realidade".
Apesar de na região norte, nomeadamente nas bacias do Douro, Cávado,
Lima e Ave, o valor andar "ligeiramente abaixo da média para esta
altura do ano", na região centro - Mondego e Tejo - os valores estão
exatamente nas médias, enquanto na região sul, "onde as situações de
seca se fazem sentir com gravidade e às vezes obrigam a restrições,
neste momento os valores são francamente superiores aos valores
médios".
No Guadiana, exemplificou, a média é de 72 por cento e atualmente a
capacidade está nos 80.
Das 55 albufeiras monitorizadas pelo Sistema, 10 apresentam
disponibilidades hídricas superiores a 80 por cento do volume total e
oito têm disponibilidades inferiores a 40 por cento do volume total.
Segundo o Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos, na
comparação do último dia de setembro com o último dia do mês anterior,
verificou-se um aumento do volume armazenado em uma bacia hidrográfica
e uma descida em 11.
Para o presidente do Inag, o "desfasamento entre a seca meteorológica
e a seca hidrológica decorre de o País estar dotado de infraestruturas
que permitem armazenar quando há precipitação intensa, como aconteceu
no ano passado, para garantir os usos nos períodos seguintes".
"Neste momento, temos perfeitamente salvaguardadas as utilizações da
água nos próximos meses para agricultura, abastecimento e energia",
sublinhou.
Para o responsável, esta situação comprova a necessidade das
barragens: "Há pessoas que pensam que este País não podia viver sem
ter esta capacidade de água armazenada, o que não é verdade. Mesmo
assim, em casos extremos, como na seca de 2005, não houve capacidade
para dar resposta a todas as necessidades".
http://www.destak.pt/artigo/108149-armazenamento-superior-a-media-dos-ultimos-anos-em-oito-das-12-bacias-hidrograficas

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