sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Economia e agricultura "são praticamente ingovernáveis"

RUI RIO
21-10-2011 2:37"Por favor,altere-se esta orgânica de Governo", apela o
presidente da Câmara do Porto .
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O presidente da Câmara do Porto disse esta noite que "o ministro da
Economia começa a ser atacado e o mal não está nele, que é um senhor
capaz, o mal está num Ministério que não é possível governar".
Rui Rio acrescentou que o "primeiro-ministro teve oportunidade de
fazer um governo equilibrado e acabou por criar "dois ministérios, o
da Agricultura e da Economia, que são praticamente ingovernáveis, nem
que se ponha lá um super homem".

O autarca falava à margem de uma conferência sobre o tema "Política e
Economia: ideias para enfrentar a crise", integrada no projecto "Porto
de Desafios", do Instituto Superior de Contabilidade e Administração
do Porto (ISCAP), no âmbito das comemorações dos 125 anos desta
escola.
"Aquilo que eu acho é que aqueles ministérios têm de, outra vez,
voltar a ser partidos em dois, para que os titulares dessas pastas
possam fazer um bom trabalho, caso contrário aquilo não é gerível",
continuou, na sequência de uma pergunta sobre as consequências da
anunciada fusão das transportadoras públicas de Lisboa e do Porto.
Rui Rio respondeu que a Junta Metropolitana do Porto, de que é o
presidente, "pediu uma audiência o ministro da Economia", Álvaro
Santos Pereira.
Por sua iniciativa, falou depois sobre a dimensão actual tanto do
Ministério da Economia, que agora tutela ainda o Emprego e as Obras
Públicas e os Transportes, como do da Agricultura, que gere também o
Ambiente e o Ordenamento do Território.
O autarca portuense aconselha o Governo a "fazer rapidamente aquilo
que sempre devia ter feito", não olhando, por isso ao número de
ministros, "porque isso não interessa para nada".
"O que é importante é ter um número de ministros e as pastas adequadas
ao que são as necessidades do país", porque, "de certa forma até
injustamente, está-se a atacar o senhor (ministro da Economia) quando
é impossível a tarefa que lhe é pedida e esta é a questão de fundo",
continuou.
Rui Rio explicou que "não disse nada de início" sobre a opção do
primeiro-ministro, Passos Coelho, por um Governo com menos ministérios
que o anterior, porque isso podia ser visto como "uma crítica antes do
tempo".
"Mas agora deve dizer-se: por favor altere-se esta orgânica de
governo, porque há particularmente dois ministérios que são
praticamente ingeríveis", insistiu. Em sua opinião, "o país pode
sofrer indevidamente as consequências de se dizer que queremos ter
poucos ministros".
"Tem que ter aqueles que são precisos, é o que me ensina a minha
experiência política", reforçou, caso contrário "vai-se queimar as
pessoas (os ministros) em lume brando porque são tarefas impossíveis".
Rio não adiantou áreas em que o Ministério da Economia estará a
falhar, mas referiu que, "depois da transformação que houve, a
administração da Caixa Geral de Depósitos é do tamanho do conselho de
ministros".
O autarca prometeu, por outro lado, dar "uma opinião melhor" sobre a
proposta de Orçamento de Estado para 2012 "daqui por uns dias", quando
tiver mais informação" e porque "agora está muita gente a falar" e
quando isso sucede "não se ouve ninguém".
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1&did=35542

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