domingo, 27 de novembro de 2011

Azeite: Tradição da apanha prejudica a qualidade final da produção

Azeite: Tradição da apanha prejudica a qualidade final da produção
26/11/2011 16:03

Os agricultores que respeitarem fielmente os prazos que a tradição
impõe na apanha da azeitona correm mais risco de ter uma qualidade
inferior, alertou hoje a associação transmontana de olivicultores.
O presidente da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto
Douro (AOTAD) recorda que, todos os anos, é feito um alerta aos
"agricultores para fazerem a apanha da azeitona o mais cedo possível,
com a finalidade de evitar a entrada de insetos na fruta e as
intempéries, o que se refletirá na produção".

"O gelo mata a qualidade do azeite, ao contrário daquilo que diz a
tradição, que reza que a azeitona só deve ser apanhada após a primeira
geada", afirmou o dirigente, cuja associação tem sensibilizado os
agricultores para que os prazos sejam antecipados.
"O produtor tem ser mais profissional e estar atento às alterações das
condições climatéricas para assim poder imprimir uma estratégia para
implantar a safra", afirmou o responsável.
A sociedade agrícola que na região começou a fazer a apanha da
azeitona mais cedo acabou, no ano passado, por ser a vencedora de
importante prémio internacional que atesta a qualidade superior do
azeite, o prémio Mário Solinas, em Itália.
O azeite é a segunda produção com maior peso na economia da região
transmontana e duriense, a seguir ao vinho, movimentando atualmente um
valor bruto cerca de 30 milhões de euros por ano.
A AOTAD representa cerca de 17 mil produtores de azeite transmontanos
e alto durienses, numa região que conta com cerca de 36 mil
olivicultores, com mais de 80 mil hectares de olival registado.
FYP
Lusa
http://www.radiobatalha.com/noticia.php?id=25243

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