sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Campanha de reflorestação quer dar 20.000 árvores à Serra do Alvão

17.11.2011
Helena Geraldes
Depois de incêndios, pastoreio intensivo e cortes, a Serra do Alvão
poderá ter de volta a floresta que tem perdido, através de um projecto
de reflorestação de 20.000 árvores que arranca este mês pela mão da
Quercus e da Valormed.
"A floresta desapareceu de muitos locais" da Serra do Alvão, disse
Paulo Lucas, dirigente da Quercus, ao PÚBLICO. O local "tem um
histórico de fogos muito significativo", além de alguma agricultura e
pastoreio intensivos e abate de árvores.

A 23 de Novembro, Dia da Floresta Autóctone, a Quercus e a Valormed -
Sociedade gestora responsável pela gestão do Sistema Integrado de
Gestão de Resíduos de Embalagens e Medicamentos – começam a
reflorestar a serra. A primeira fase abrange os concelhos de Vila Real
e Vila Pouca de Aguiar. A aldeia de Souto, na Freguesia Telões em Vila
Pouca de Aguiar, irá receber as primeiras 400 árvores que serão
plantadas com o apoio de 50 crianças de duas escolas da região.
Até 2013 serão plantados o castanheiro, o carvalho-negral, folhado,
pilriteiro, azevinho, loureiro, azereiro, lódão-bastardo, freixo,
pereira-brava, abrunheiro-bravo, sabugueiro e cerejeira-brava. As
árvores e arbustos são produzidos nos viveiros da Nossa Senhora da
Graça, junto ao Sabugal, mantidos pelo Instituto de Conservação da
Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e Quercus.
"Mais do que plantar, queremos apoiar a regeneração natural feita por
aves e mamíferos que dispersam as sementes", acrescentou Paulo Lucas.
"Há plantas raras ou ameaçadas que estão muito confinadas. Por isso,
ajudamos a fazer a sua dispersão e a levar essas espécies para o topo
das serras, a fim de criar pequenos núcleos que depois produzirão
sementes."
Só ao fim de dez anos as espécies plantadas estarão consolidadas. "A
partir de então são consideradas estabilizadas e começarão a gerar
pequenos bosquetes", disse ainda.
"Acreditamos que é fundamental agir junto das gerações mais jovens
incutindo-lhes o dever e responsabilidade de preservar os recursos
naturais", comentou José Carapeto, director-geral da Valormed, em
comunicado. Aderiram à campanha "Entregue os medicamentos fora de uso
e trate do Ambiente" um total de 2800 farmácias.
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1521355

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