terça-feira, 22 de novembro de 2011

Galp diz não ter sido notificada pela Inspecção Geral do Ambiente

FUGA DE COMBUSTÍVEL
por LusaOntem
A Galp Energia não foi notificada pela Inspecção Geral do Ambiente
acerca da abertura de qualquer processo de contra-ordenação grave
relacionado com a fuga de combustível no aeroporto de Lisboa.
A empresa reitera ter cumprido "todas as disposições legais a que
estava vinculada pela legislação aplicável", nomeadamente na
obrigatoriedade de informação às autoridades competentes.
A 04 de Novembro, uma notícia avançada pela Rádio Renascença dava
conta de uma fuga de combustível no aeroporto de Lisboa, ocorrida em
maio, que "pode ter afectado" os lençóis de água da zona e que a Galp
a terá "mantido em segredo", violando a legislação que obriga a
empresa a comunicar estas ocorrências à entidade licenciadora, neste
caso a Câmara Municipal de Lisboa.

Por sua vez, o Departamento de Investigação de Acção Penal (DIAP) de
Lisboa instaurou um inquérito para apurar se houve crime de poluição
na fuga de combustível.
Hoje o inspector-geral do Ambiente e Ordenamento do Território (IGAOT)
disse que o derrame provocou contaminação do solo e da água e originou
a instauração de um processo de contra-ordenação por falta de
comunicação da Galp à entidade ambiental competente.
Fonte da empresa disse hoje à agência Lusa que "até à data, a Galp
Energia não foi notificada pelo IGAOT da abertura de qualquer
procedimento contra-ordenacional pela prática de uma contra-ordenação
grave".
Assim, a Galp "não fará qualquer comentário em relação a um
acontecimento que oficialmente desconhece".
Insistindo ter cumprido todas as regras, a Galp Energia entende que
"não se tratou de um acidente e, como tal, não se considerou que tal
ocorrência fosse susceptível de enquadramento no conceito de
acidente", nos termos da lei que rege estas situações.
"Quando foi feita a inspecção, verificámos que havia medidas tomadas
pela própria Galp, análises feitas, e os seus resultados detectavam já
alguma contaminação em relação a solos e água", referiu à agência Lusa
o IGAOT.
António Sequeira explicou hoje que "houve uma infracção que foi o não
comunicar no prazo legal e derrame e neste momento tudo isso será
acompanhado pela Agência Portuguesa do Ambiente".
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2138624&seccao=Sul&page=-1

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