sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vinhos transmontanos vingam em Espanha

Rótulos da região distinguidos em mais uma edição do prémio "Arribes"

Os vinhos portugueses começam a conquistar o mercado espanhol e
sul-americano através do concurso internacional de vinhos "Arribes
2011", tendo este ano arrecadado cerca de 30 por cento dos galardões
de ouro e prata.
"A participação dos produtores e adegas neste certame vai abrir muitas
portas, não só no mercado espanhol, mas igualmente nos mercados
sul-americanos com quem Espanha tem relações comerciais", explicou a
enóloga responsável pelo certame internacional, Lisete Osório.
O prémio "Arribes 2011", que anualmente se realiza na localidade
transfronteiriça de Travanca (Espanha) e que este ano completou a sua
VII edição, terminou na madrugada de sábado com um saldo "positivo"
para os vinhos nacionais produzidos nas mais diversas regiões
vinícolas do país, que arrecadaram cerca de 30 por cento dos galardões
de ouro e prata que premiavam os melhores vinhos em diversas
categorias.

Segundo a responsável, os vinhos produzidos em Portugal têm vindo "a
ganhar qualidade", não ficando "muito longe da qualidade dos vinhos
produzidos em Espanha", apesar deste país ter vinhos de qualidade
reconhecida.
Cerca de 355 vinhos produzidos em toda a península ibérica
apresentaram-se a concurso para disputarem o prémio "Arribes 2011", um
certame transfronteiriço que decorreu na região do Douro
Internacional.
Na opinião dos produtores de vinho, este certame começa a ter uma
importância estratégica no mercado vinícola por estar muito próximo da
região Demarcada do Douro e da Região Vinícola de Trás-os-Montes.
"Este certame já tem uma grande visibilidade a nível internacional,
não só pela qualidade dos vinhos, mas igualmente pela qualidade do
júri do concurso. Não há dúvidas que, através desta iniciativa, muitas
portas se podem abrir para os vinhos portugueses, principalmente para
os regionais", constata o presidente da Adega de Sendim (Miranda do
Douro), José Almendra.
Rota Internacional do Vinho agrega cerca de 70 parceiros portugueses e espanhóis
Por seu lado, Nuno Ribeiro representante da vinícola Quinta do
Carrenho, em Vila Nova de Foz Côa (Douro), é da opinião que os vinhos
do Douro têm qualidade reconhecida para arrecadar primeiros prémios
como foi o caso.
Do total dos vinhos a concurso, mais de uma centena eram de origem
portuguesa provenientes de regiões vitivinícolas tão distintas como o
Minho, Bairrada, Dão, Alentejo, Setúbal, Beira Interior ou
Trás-os-Montes.
No entanto, a maior representação nacional no certame ibérico é
assegurada por vinhos produzidos na Região Demarcada do Douro.
Os produtores de vinho portugueses procuram o mercado espanhol para
aumentarem as suas exportações, estando presentes em várias
organizações vitivinícolas como a Associação Vindouro/Vinduero, Rota
Internacional do Vinho ou o Salão Internacional do Vinho, instituições
fronteiriças que estão na origem do prémio "Arribes 2011".
O júri do concurso foi composto por 15 personalidades ligadas ao
sector vitivinícola oriundas de países como Espanha, Portugal,
Alemanha e Estados Unidos da América.
Só a Rota Internacional do Vinho agrega cerca de 70 parceiros
portugueses e espanhóis oriundos de sectores que vão desde a
restauração, produtos endógenos, produção de vinho e azeite ou turismo
em espaço rural e meio ambiente.
Os dois países ibéricos "unidos" são capazes de organizar roteiros
vinícolas que projectem a região transfronteiriça do Douro para os
mercados internacionais, já que os produtos ali produzidos começam a
ser conhecidos e procurados pelos mercados externos.
http://www.jornalnordeste.com/noticia.asp?idEdicao=394&id=16689&idSeccao=3550&Action=noticia

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