quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Copa-Cogeca satisfeita com estimativas sobre rendimento agrícola mas com algumas reservas

21-12-2011

O Copa-Cogeca mostrou-se satisfeita com as primeiras estimativas do
Eurostat sobre o aumento do rendimento médio agrícola de 6,7 por cento
para 2011, no entanto, aponta que não será suficiente para compensar
as quedas constatadas nos últimos anos.
A organização alerta para o facto de não serem mais que estimativas e
podem mudar tendo em conta as recentes baixas registadas nos preços
dos cereais.
O secretário-geral, Pekka Pesonen declarou que está satisfeito com o
aumento, mas considera que os «números devem ser revistos em Janeiro e
Fevereiro de 2012 e podem estar em queda, já que os preços do trigo
têm vindo a cair progressivamente desde o mês de Julho e do milho
desde Setembro. Os rendimentos agrícolas ainda apresentam níveis
críticos, com menos de 50 por cento do salário médio praticado em
outros sectores».

Pesonen refere ainda que o valor global de seis por cento também
encobre variações significativas entre os níveis de rendimento dos
diferentes Estados-membros. Por outro lado, a actual crise económica
da zona euro e as perspectivas de desaceleração pronunciada na
economia são factores relevantes de incerteza para os agricultores. Em
particular, a crise vai impedir a tão necessária reactivação do
consumo de carne, que é, sem dúvida alguma, de vital importância para
saúde e nutrição dos consumidores».
O responsável afirma que o «elevado barómetro agrícola para os membros
do Copa-Cogeca também mostra a recuperação da confiança dos
agricultores no início de 2011, contudo com uma nova quebra no
primeiro trimestre do mesmo ano». Por conseguinte, a segurança segue
positiva mas ainda com alguns receios», sublinha.
Por todas estas razões, a organização pede à Comissão Europeia, aos
eurodeputados e aos ministros da Agricultura da União Europeia a
garantia da existência de uma política agrícola comum (PAC) sólida,
dinâmica e inovadora para depois de 2013, que devolva a confiança aos
agricultores, para investirem no futuro e para assegurar a existência
de uma crescente inovação e investigação.
«Perante o aumento da procura de produtos alimentares à escala
mundial, a prioridade deve ser o reforço do papel económico que os
agricultores desempenham mediante a produção de alimentos para 500
milhões de consumidores», concluiu o secretário-geral.
Fonte: Copa-Cogeca
http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia42708.aspx

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