quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

EUA começaram a enterrar um milhão de toneladas de CO2 no subsolo

30.11.2011
Helena Geraldes

Um milhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2) começaram a ser
armazenadas este mês no subsolo de Illinois, ao abrigo do primeiro
projecto-piloto de sequestro e armazenamento geológico deste gás com
efeito de estufa (GEE) nos Estados Unidos.

O CO2 está a ser capturado da fábrica de produção de etanol em
Decatur, no Illinois, centro norte do país, e "vai ficar
permanentemente armazenado a cerca de 1,6 quilómetros de profundidade
no aquífero salino de Mount Simon Sandstone", diz em comunicado o
consórcio Midwest Geological Sequestration Consortium (MGSC), um dos
sete criados pelo departamento norte-americano para a Energia para
promover as tecnologias de captura e armazenamento de carbono no país.

Uma central construída para este projecto separa a água do CO2, que
depois é conduzido por uma conduta que o leva por um poço onde é
injectado no subsolo.

Segundo o departamento de Energia, aquele local tem todas as
características geológicas necessárias e capacidade para armazenar
entre 11 e 151 mil milhões de toneladas de CO2. A região de Illinois
emite mais de 265 milhões de toneladas de CO2 por ano, a maioria das
126 centrais de produção de energia a carvão. As autoridades
implementaram ainda um programa de monitorização para garantir a
segurança das operações.

Em Outubro, a Agência de Protecção do Ambiente de Illinois aprovou as
operações de armazenamento no subsolo. Foi a primeira vez que isso
aconteceu nos Estados Unidos.

"Implementar um local de armazenamento para o CO2 que seja
ambientalmente seguro e a longo prazo é crucial para o sucesso
comercial da tecnologia de sequestro e armazenamento de carbono",
disse Chuck McConnell, responsável pelas Energias Fósseis naquele
departamento. "Esta poderá ser uma opção importante nas estratégias de
mitigação das alterações climáticas", acrescentou, em comunicado.

De acordo com o Centro de Investigação Cooperativa das Tecnologias dos
Gases de Estufa, na Austrália, existem hoje no mundo mais de 50
projectos de captura e o sequestro de carbono (CCS, na sigla inglesa).

A CCS pode ter um papel na mitigação das alterações climáticas. Em
2050, a Agência Internacional de Energia estima que estas tecnologias
possam reduzir as emissões globais de gases com efeito de estufa em
19%.

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