terça-feira, 20 de dezembro de 2011

ONU lança Década da Biodiversidade com apelo a maior harmonia com a Natureza

19.12.2011
PÚBLICO

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou neste
fim-de-semana o tiro de partida para a Década da Biodiversidade
(2011-2020), com um apelo a uma maior harmonia entre as pessoas e a
Natureza.

"Garantir um desenvolvimento verdadeiramente sustentável para a nossa
família humana, cada vez maior, depende da diversidade biológica e dos
bens e serviços vitais que esta nos oferece", disse Ban Ki-moon, numa
mensagem lida pelo sub-secretário-geral da ONU para a Comunicação,
Kiyo Akasaka, na cidade japonesa de Kanazawa.

Com esta Década da Biodiversidade, a Assembleia Geral da ONU quer
"promover a implementação de um plano estratégico sobre biodiversidade
e a sua visão de uma vivência em harmonia com a Natureza", de acordo
com um comunicado das Nações Unidas. Até 2020, os Governos são
incentivados a desenvolver, implementar e comunicar os resultados das
estratégias nacionais para a implementação do Plano Estratégico para a
Biodiversidade.

"Ainda que sejam os pobres os primeiros a sofrer com a perda da
biodiversidade, e de forma mais grave, toda a sociedade vai sentir
esta extinção em massa", disse Kanazawa, acrescentando que
ecossistemas estáveis têm a capacidade de criar postos de trabalho.

Nas últimas décadas, "as actividades humanas têm causado a extinção de
plantas e de animais e um ritmo centenas de vezes mais rápido do que
aquilo que seria natural", acrescentou.

O balanço sobre o estado da Biodiversidade do planeta, apresentado em
Maio de 2010 pela ONU ("Global Biodiversity Outlook3"), conclui que
"zonas húmidas, habitats de gelo marinho, pântanos salgados, recifes
de coral, bancos de algas marinhas e de moluscos estão todos a
registar graves declínios". A diversidade genética da agricultura e
pecuária continua a decrescer e a abundância de espécies de
vertebrados, com base nas populações avaliadas, caiu quase um terço,
em média, entre 1970 e 2006.

"Não podemos reverter a extinção. Contudo, podemos evitar extinções
futuras de outras espécies. Durante os próximos dez anos, serão postos
à prova o nosso compromisso em proteger mais de oito milhões de
espécies e a nossa sabedoria para contribuir para o equilíbrio da
vida", disse Kanazawa.

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1525646

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