quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sim, Alto Douro Vinhateiro é e deve ser património mundial mas primeiro é património dos durienses e de Portugal !

A 14 de Dezembro faz dez anos que a UNESCO consagrou o Alto Douro
Vinhateiro como Património Mundial.
A este propósito, está já anunciado um vasto programa de
"comemorações" a promover por um conjunto de entidades da Região e com
a participação de actuais e ex-governantes. Afinal, com a participação
de algumas entidades e de alguns intervenientes com pesadas
responsabilidades pelo estado de crise económica, social e
institucional em que a Região Demarcada do Douro se encontra
mergulhada.

Acresce, e suscita reclamação, o facto de, para as mesmas
"comemorações", até agora estarem a ser "esquecidos" os principais e
insubstituíveis construtores do Alto Douro Vinhateiro - os pequenos e
médios Vitivinicultores Durienses - e estarem a ser "esquecidas" as
suas Organizações socioprofissionais mais activas e mais ligadas à
vida real da Lavoura e dos Lavradores Durienses.
Convém entretanto ter em conta que "só" nos últimos dez anos - afinal
tantos anos quantos tem o Alto Douro Vinhateiro enquanto Património
Mundial - nesse período baixaram drasticamente os rendimentos dos
Lavradores Durienses e, repete-se, toda a Região ficou mergulhada numa
crise como já não há memória e que tende para ser agravada caso não
sejam tomadas medidas urgentes de apoio governamental principalmente à
Vitivinicultura da Região.
Portanto, no difícil contexto, reflectir e intervir no Douro deve ter
como objectivo central melhorar as condições de vida e de trabalho das
Populações residentes e dos Vitivinicultores Durienses em especial. E
isso não pode ser conseguido se foram marginalizados os pequenos e
médios Vitivinicultores e as suas Organizações como parece que também
vai acontecer no caso das anunciadas "comemorações".
Para o Alto Douro Vinhateiro e para toda a Região Demarcada do Douro é
pois fundamental conseguir-se e designadamente:- escoamento a melhores
preços à produção para os Vinhos Douro e Generoso/Porto; aumento do
"Benefício" para os Lavradores Durienses; defesa intransigente na
União Europeia dos direitos de plantação da Vinha; devolução à Casa do
Douro os seus poderes públicos e garantir-lhe o saneamento financeiro
justo.
BARRAGEM DO FOZ TUA E PATRIMÓNIOS
Quanto à Barragem do Foz Tua, compete ao Estado, e ao Governo em
primeiro lugar, tudo fazerem e com a maior ponderação para se
acautelar tudo o que está em presença:- as questões ambientais e o
património histórico e "mundial", as questões energéticas, a Linha de
Caminho de Ferro do Tua e a Lavoura. E isso é possível caso o Governo
não se submeta aos grandes interesses económicos sobretudo aos mais
ligados à indústria da energia eléctrica.

Doa lá a quem doer mas aqui se reafirma que sem muitos milhares de
pequenos e médios Lavradores Durienses a granjear as suas explorações
vitivinícolas e a comercializar, a melhores preços, os seus Vinhos,
não há Alto Douro Vinhateiro, não há Região Demarcada do Douro, não há
paisagem, não há turismo.
Afinal, tal como a AVIDOURO tem vindo a reclamar - e vai continuar a
reclamar - sempre com os Vitivinicultores Durienses !
Peso da Régua, 12 de Dezembro de 2011
Pel´ A Direcção da AVIDOURO
http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2011/12/14c.htm

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