quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Abate ilegal de 500 sobreiros em Salvaterra

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12 de Janeiro, 2012por Sónia Balasteiro
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©D. Patacho
Foram abatidos mais de 500 sobreiros adultos sem autorização em
Salvaterra de Magos nas últimas semanas. O abate ilegal desta árvore
que se tornou símbolo nacional, a 22 de Dezembro, aconteceu numa área
florestal junto à povoação de Buinheira, em Foros de Salvaterra,
avançou ao SOL Domingos Patacho, da Quercus.
«Recebemos uma denúncia e fomos ao local averiguar o que estava a
acontecer. Há centenas de árvores adultas abatidas, ainda no terreno»,
explica o responsável pelas florestas da associação de conservação da
Natureza, lembrando que se trata de uma árvore protegida por lei. «A
Quercus constatou que os sobreiros abatidos estavam verdes e não se
encontravam cintados (com tinta branca) como refere a legislação, so
que significa que não houve autorização de abate da Autoridade
Florestal Nacional (AFN )», nota Domingos Patacho.

O responsável da Quercus questionou ainda o Director Regional das
Florestas de Santarém para perceber se existia alguma autorização, e a
resposta foi negativa, pelo que estamos «perante um tremendo abate
ilegal», como notou o autor da denuncia na missiva enviada à Quercus.
Este abate é «um verdadeiro atentado contra a Natureza e a preservação
de uma árvore que referenciamos como símbolo Nacional», considera,
alertando para a necessidade de tomar medidas contra os autores. Mas a
identidade dos autores do abate é ainda desconhecida. Já o objectivo
do corte, suspeita-se que seja a instalação de um pivô de rega, pelo
que Domingos Patacho acredita tratar-se de um proprietário da zona.
Quercus exige interdição de alteração do uso do solo
A Associação ambientalista já denunciou o abate ao Serviço de
Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR e contactou a Câmara
de Salvaterra de Magos para esclarecer «eventuais interesses de
conversão da floresta para uso agrícola ou urbanístico na zona».
A Quercus exige, agora, um «inventário geográfico rigoroso» do corte
ilegal de sobreiros com o levantamento da respectiva multa. Devido ao
risco de continuar o corte ilegal dos sobreiros, os ambientalistas
apelam ainda «ao reforço da fiscalização das autoridades» e exigem a
«interdição da alteração do uso do solo no povoamento de sobreiros
pelo período de 25 anos», como está definido pela lei.
sonia.balasteiro@sol.pt
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=38599

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