A Associação de Agricultores do Baixo Alentejo quer ouvir uma "posição
formal" da ministra da Agricultura sobre o futuro de Alqueva e de que
forma "pode garantir" aos agricultores da região a "transferência de
verbas para o projecto".
A Associação de Agricultores do Baixo Alentejo (AABA) emitiu um
comunicado onde torna público que "teve conhecimento" através de
algumas notícias veiculadas pela comunicação social, que "a CAP terá
negociado com a ministra da Agricultura" a transferência do
financiamento de 200 milhões de euros do PRODER para o QREN - POVT,
destinados a assegurar a conclusão da componente agrícola do Alqueva.
A AABA justifica que os 200 milhões "estavam alocados ao Projecto
Alqueva" e permitiriam terminar as obras da componente de rega
secundária do Alqueva dentro de um prazo exequível para as explorações
agrícolas e projectos pendentes da chegada de água.
Face a estas indecisões, Francisco Palma., presidente da associação
afirma que os agricultores "receiam que esta decisão possa ter
implicações nefastas em todo o processo de conclusão das
infra-estruturas inerentes ao Projecto Alqueva".
O dirigente associativo agrícola diz que "faz confusão" que passados
sete meses o Governo, nomeadamente o Ministério da Agricultura, "não
se tenham manifestado oficialmente", a não ser em em posições
"pontuais e de circunstância".
Francisco Palma "lamenta" o facto de Assunção Cristas "ter faltado" à
iniciativa promovida ontem pela CIMBAL, onde se discutiu Alqueva.
No documento emitido a Associação de Agricultores do Baixo Alentejo
afirma que "gostaria de ouvir uma posição formal da ministra da
Agricultura" sobre este assunto e de que forma "pode garantir aos
agricultores do Baixo Alentejo" que a transferência dos apoios ao
Alqueva, do PRODER para o QREN, "não o farão deslizar no tempo" e de
que forma o POVT terá "a flexibilidade necessária" para poder acomodar
este projecto nas suas valências.
Teixeira Correia
Sem comentários:
Enviar um comentário