terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Bioplásticos do futuro poderão ter origem em matadouros

por Diogo Pereira
10 de Janeiro - 2012
Os plásticos do futuro poderão ter origem numa fonte invulgar:
resíduos de matadouros. Um grupo de investigadores europeus está a
desenvolver novas abordagens para a produção de plásticos
biodegradáveis a partir de resíduos sem o uso de combustíveis fósseis.

ANIMPOL é o nome do projeto que pretende não só reduzir a dependência
do petróleo mas também minimizar o impacto ambiental. Um dos seus
principais objetivos é a criação de uma unidade de produção de
bioplástico.

O projeto, cofinanciado em cerca de 3 milhões de euros pela união
Europeia, visa ainda investigar de que modo os resíduos dos animais
poderão ser usados de forma mais eficiente como biocombustíveis.
Hoje em dia, a maioria dos resíduos de matadouros e de instalações de
esquartejamento são incinerados, mas isso significa a destruição de
alguns produtos químicos potencialmente úteis.
Os investigadores do projeto ANIMPOL estão particularmente
interessados em dar uma melhor utilização aos lípidos, moléculas
polímeros longas, ricas em carbono, presentes nos resíduos animais,
explica a Comissão Europeia em comunicado.
Na Europa, meio milhão de toneladas desses lípidos são produzidos
anualmente pela indústria dos matadouros. O responsável por aquele
projeto, Dr Martin Koller, da Universidade de Graz, na Áustria,
sublinha "quando começámos este projeto, sabíamos que a natureza cria
polímeros como estes lípidos, além de proteínas, gratuitamente –
porquê incinerá-los?".
http://www.vidarural.pt/news.aspx?menuid=8&eid=6091&bl=1

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