sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Jardim Botânico Tropical continua sem meios para travar degradação

Espaço em Lisboa tem dois jardineiros
19.01.2012 - 17:21 Por Marisa Soares
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A Liga de Amigos do jardim tem ajudado a suprir a falta de pessoal (Rita Baleia)
É um dos maiores e mais belos espaços verdes de Lisboa, mas desde o
Verão do ano passado que o Jardim Botânico Tropical, em Belém, acusa a
falta de manutenção. A direcção do jardim diz que a situação, motivada
pela falta de jardineiros, melhorou desde Setembro, mas a falta de
cuidado é visível numa visita ao espaço.

O lago à entrada, onde passeiam patos e gansos, é um repositório de
lodo pestilento. A relva por aparar, algumas árvores secas - é o caso
dos enormes cactos que estão numa zona vedada ao público -, pequenos
cursos de água lamacentos, as estufas e outros edifícios com ar
abandonado completam um quadro pouco agradável à vista. Os sete
hectares do jardim centenário, com entrada pelo Largo dos Jerónimos,
estão desde Junho ao cuidado de dois jardineiros, uma carência
"agravada pela inexistência de equipamento de jardinagem mínimo",
admite a direcção, tutelada pelo Instituto de Investigação Científica
Tropical (IICT), presidido por Jorge Braga de Macedo, ex-ministro das
Finanças.
As restrições na contratação de serviços impostas pelo Governo
impediram, segundo a directora Maria Cristina Duarte, a renovação do
contrato com a empresa de jardinagem. No Verão, a falta de manutenção
levou a direcção a afixar à entrada do jardim um apelo à compreensão
dos utentes do jardim, que pagam dois euros pela visita. E, apesar do
mau estado do espaço, este foi visitado por 55 mil pessoas, das quais
17 mil foram ver a exposição Viagens e Missões Científicas nos
Trópicos 1883-2010, no Palácio Condes da Calheta até ao final deste
mês.
Outro aviso colocado à entrada do parque pede a compreensão dos
utentes para a ausência de bancos, acrescentando que os mesmos estão a
ser substituídos. Não esclarece, porém, por que estão encerradas as
estufas, uma das principais atracções do jardim, que alberga cerca de
500 espécies vegetais diferentes. A principal, uma estufa de ferro e
vidro de início do século XX, está mesmo em avançado estado de
degradação.
Para fazer face a estes problemas, a direcção está à procura de
mecenas. A Fundação Berardo, que patrocinou o parque, deixou de o
fazer. O principal apoio é agora dado pela Liga dos Amigos do jardim,
que contratou uma instituição de solidariedade social para ajudar na
manutenção e assim minimizar os efeitos da falta de pessoal.Para 2012,
a verba do Orçamento do Estado para o IICT, que passou recentemente
para a alçada do Ministério dos Negócios Estrangeiros, é de 7,3
milhões de euros.
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