quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mogadouro: Empresa transforma subprodutos dos lagares de azeite em combustível

11 DE JANEIRO DE 2012, 09:51
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O concelho transmontano de Mogadouro vai acolher a primeira unidade do
planalto mirandês com capacidade para transformar subprodutos da
laboração dos lagares de azeite em combustíveis destinados a
utilizadores industriais.
Segundo os promotores da unidade transformadora, o investimento ronda
os cerca de seis milhões de euros, comparticipados pelo QREN em 75 por
cento, e permitirá produzir cerca de 50 mil toneladas de um produto
granulado combustível destinado à produção de calor.

"Toda a capacidade de produção da nossa fábrica será destinada ao
mercado externo, ficando uma pequena percentagem destinada a
empreendimentos sociais, como as Misericórdias", avançou à Lusa Pedro
Centeno, sócio-gerente da Tira-Chuva, a empresa promotora do projeto.
Uma das principais razões que levaram à concretização deste
investimento tem a ver com o potencial agrícola do concelho de
Mogadouro e a sua localização geográfica.
A centralidade do concelho de Mogadouro, aliada a dois eixos
rodoviários importantes como o IC-5 e o IP-2, "pesaram na escolha da
localização da fábrica" que ficará instalada nas proximidades da
aldeia do Variz.
"As vias de comunicação que começam a aparecer na região nordestina e
a proximidade com o mercado espanhol poderão ser trunfos a favor de
quem faz um investimento desta natureza", considera o empresário.
A unidade transformadora está em fase adiantada de construção e foi
considerada um projeto "âncora" ao nível do PROVERE, através do
programa InovaRural e desenvolvido em 2008.
De acordo com o promotor da iniciativa, toda a capacidade produtiva da
fábrica será comercializada para países europeus.
"Para já não se não sente a crise no setor ligado à comercialização de
produtos combustíveis provenientes da agroindústria", sustentou.
Ao lado da nova fábrica vai ser instalada uma outra unidade que
produzirá energia elétrica a partir de biomassa através de co-geração
e cujo investimento previsto rondará mais 4,5 milhões de euros.
"Esta unidade poderá receber biomassas florestais de toda a região
transmontana. É um projeto que liga a produção de energia elétrica com
atividades produtivas ligadas do sector primário sendo esta uma
verdadeiro conceito de sustentabilidade: a energia ao serviço da
sociedade ", destacou Pedro Centeno.
Segundo os investidores, as previsões da entrada em funcionamento da
unidade de transformadora apontam para o segundo trimestre de 2012.
Por seu lado, os responsáveis pela câmara de Mogadouro já disseram que
se trata de um projeto arrojado, capaz de trazer mais valias
económicas e sociais para o concelho e região de Mogadouro.
"Este é um dos maiores investimentos privados feitos no concelho de
Mogadouro, ao qual lhe são acrescidas algumas vantagem como a
resolução dos problemas ambientais provocado pelos lagares de azeite",
concluiu António Pimentel, vereador do Comércio e Industria da
autarquia de Mogadouro.
@Lusa
http://noticias.sapo.pt/infolocal/artigo/1213473

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