quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mr. White e Lady Rosé promovem vinhos verdes no mundo

11 Janeiro 2012 | 17:51
António Larguesa - alarguesa@negocios.pt
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Investimento da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes
(CVRVV) mais do que duplica este ano para tentar compensar nas
exportações a quebra prevista no mercado interno.
É apenas um das acções de marketing programadas para 2012, mas arrisca
ser a que gerará mais notoriedade para a região dos vinhos verdes, a
segunda que mais exporta logo a seguir ao vinho do Porto. Recorrendo
ao humor, os filmes virais vão ser "servidos" na Internet ao longo do
ano e terão como personagens principais o casal Mr. White e Lady Rosé.
Em 2012, a CVRVV baterá o recorde de investimento na promoção dos seus
vinhos, passando de um orçamento de 1,4 milhões para 3,4 milhões de
euros, orientados para oito mercados prioritários.
Um milhão serão
pagos por fundos próprios da Comissão e 2,4 milhões provenientes de
diferentes programas de financiamento externo.
"É o maior investimento de sempre e o maior de uma região de vinhos
portugueses, não considerando o investimento da ViniPortugal", disse o
presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, em conferência de imprensa no
Porto.
Do total do investimento em promoção, 22,7% são para os EUA, 17,7% em
Portugal – "porque 70% da nossa produção é para o mercado interno,
também queremos notoriedade para o longo prazo" – 15% no Brasil e
13,3% no Canadá. Este ano será tentada uma primeira abordagem ao
mercado sueco, onde a Comissão reconhece potencial de crescimento.
Os argumentos dos vinhos verdes, a proposta de valor para os
consumidores, continua a ser a mesma: vinhos leves, com baixo teor
alcoólico, diferentes dos outros brancos; boa relação qualidade-preço;
ideais para momentos de descontracção e refeições. O público-alvo são
os jovens adultos e é "ligeiramente mais feminino".
Mais de 30% vai para exportação
O vinho branco, que é o grosso do negócio, mantém-se estável há três
anos. Em 2011 as vendas ascenderam a 44,2 milhões de litros, pouco
menos que no ano transacto (44,5 milhões). O verde tinto representa
pouco – 5,4 milhões – e está a ser alvo de "algumas experiências",
também impulsionado pelo fenómeno recente do vinho lambrusco em
Portugal. Já o verde rosé está a crescer, mas em 2011 apenas
representou 1,6 milhões de litros.
Apesar de menos de um quinto dos produtores da região se dedicarem à
exportação, os vinhos verdes culminam agora "uma década de aumentos
consecutivos na exportação e alargamento dos mercados". Basta pensar
que apenas 15.5% da produção era vendida fora do País em 2002, em 2010
essa de percentagem subiu para 27,4% e no ano que agora terminou terá
ultrapassado os 30%. "Até aos 50% podemos crescer", perspectivou o
responsável da Comissão.
No ano passado, os Estados Unidos continuaram a ser o melhor mercado
(os 3,8 milhões de litros representam 16% do total), seguidos pela
Alemanha e França. O pior destino foi a Guiné Equatorial, com
apenas... 5 litros vendidos. A análise feita esta tarde pela Comissão
destaca que o vinho verde deixou de estar confinado às fronteiras da
lusofonia e da diáspora portuguesa.
"Somos a região que mais investe para a reconversão das nossas
vinhas", diz Manuel Pinheiro, vangloriando-se de ter pago aos
lavradores um preço médio próximo de 35 cêntimos por quilo, que
permite a continuação desse investimento.
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