terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sarkozy propõe "IVA social" para beneficiar agricultura

31-01-2012


O Presidente francês levará ao Conselho Europeu o seu controverso
«Imposto sobre o Valor Acrescentando social», que transfere custos das
empresas com o trabalho para a tributação de produtos importados,
integrado num programa franco-alemão de crescimento e emprego.

Segundo avançou na quarta-feira a agência France Presse, do texto
franco-alemão para o crescimento, o emprego, a governabilidade e a
estabilidade, consta a proposta de transferência dos custos do
trabalho para outros impostos, que é exactamente o que prevê o chamado
"Imposto sobre o Valor Acrescentando (IVA) social", sugerido pelo
Presidente francês Nicolas Sarkozy na sua mensagem de ano novo.

Estas medidas, na prática, podem vir a beneficiar 97 por cento da
agricultura, assim como outros sectores, mas em menor medidas. A ideia
deste imposto, que pretende criar emprego e aumentar o consumo de bens
nacionais, é reduzir o peso das contribuições sociais pagas pelas
empresas através da transferência de parte desse encargo para o IVA
dos bens importados.

Os representantes dos 27 vão ainda discutir as restantes propostas da
dupla Angela Merkele Nicolas Sarkozy, já conhecida como "Merkozy", que
assentam em seis eixos essenciais, os quais, a luta contra o
desemprego, o dos jovens em particular; o desenvolvimento de
ferramentas para o financiamento das empresas; uma melhor utilização
dos fundos europeus, um reforço da regulamentação dos mercados
financeiros; a modernização das administrações públicas e um acesso
facilitado aos mercados de países fora da União.

Na cimeira de líderes europeus de 30 de Janeiro os 27 devem chegar a
um acordo final sobre o tratado intergovernamental que obriga os
Estados à chamada «regra de ouro» orçamental, limitando os seus
défices estruturais a 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

O Tratado deverá ser assinado por todos os Estados-membros até Março,
à excepção do Reino Unido, que já se pôs à margem desta discussão, e
depois ratificado. Em França isso vai acontecer num parlamento
renovado pelas eleições de junjo.

Também o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), sobretudo a sua
capacidade de intervenção, vai estar em cima da mesa, com França a
defender um alargamento da capacidade do fundo.

A somar a isto, na cimeira em Bruxelas estará um Nicolas Sarkozy que,
embora não tenha ainda anunciado oficialmente a sua recandidatura ao
Eliseu, surge em segundo lugar nas intenções de voto dos franceses,
distante do socialista François Hollande e próximo da extrema-direita
de Marine Le Pen.

Fonte: Lusa;Agrodigital

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia43009.aspx

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