sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Vinhateiros de Lisboa e Tejo contestam extensão de “vinho leve” a todo o país

VINICULTURA


Há 18 anos que a produção deste vinho é exclusiva destas duas zonas,
já que só se dá em terrenos pobres e perto do mar. 23-01-2012 16:44
por Ana Lisboa
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As Regiões Vitivinícolas de Lisboa e Tejo contestam uma portaria que
pretende alargar a designação de "vinho leve" a todo o país.
Conhecidas dantes por Estremadura e Ribatejo, as comissões regionais
dizem que este tipo de vinho só se dá em terrenos pobres para a
agricultura e muito perto do mar. No entanto, o Instituto da Vinha e
do Vinho (IVV) tem estado a rever as normas de rotulagem dos vinhos e
está a elaborar uma portaria que introduz a possibilidade de todo o
país poder passar a utilizar a designação de "vinho leve".
Se isto for para a frente, a comissão vitivinícola de Lisboa diz que
está em causa um negócio que envolve actualmente cinco milhões de
garrafas de vinho, como refere o seu presidente, Vasco d'Avillez. "O
que mais nos aflige neste momento é que, para nós, sobretudo aqui na
região de Lisboa, três das 15 cooperativas têm tudo a perder com isto.
Mas tudo são cinco milhões de garrafas, que num negócio, a um euro e
meio, podem representar 7,5 milhões de euros", aponta.

Numa reunião em Dezembro, o IVV acabou por concordar com a comissão de
lisboa, mas recentemente voltou atrás na sua palavra e continua a
defender a mesma ideia.
Por isso, a Região Vitivinícola de Lisboa está a reunir apoios e até
já pediu uma audiência ao secretário de Estado da Agricultura.
No entanto, o Ministério da Agricultura, que tutela o IVV, diz que não
existe ainda uma decisão final, já que o assunto está em discussão. O
ministério não descarta a hipótese de alargar a designação de "vinho
leve" a outras regiões do país, porque os consumidores preferem estes
vinhos, mas os produtores estão impedidos de utilizar esta menção.
A tutela adianta ainda que caso esta designação não seja alargada, os
restantes produtores terão de utilizar a designação "light", o que
acarreta custos acrescidos para os operadores.

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=47665

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