sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Banco Mundial vê queda dos preços globais de alimentos

Os preços globais dos alimentos devem cair ainda mais em 2012 à medida
que uma economia mais fraca freia a demanda dos consumidores, enquanto
as ofertas estão aumentando, avaliou o Banco Mundial nesta
terça-feira, alertando que uma possível alta nas cotações do petróleo
pode reverter essa tendência.

O Banco Mundial disse que os preços têm caído de maneira estável, mas
a volatilidade está aumentando, em especial nos mercados de trigo,
milho e arroz.

Em alguns países, os preços dos alimentos estão em níveis mais altos
que em 2010, mantendo pressão sobre as famílias pobres, que gastam a
maior parte de sua renda com os produtos alimentícios.

O banco aumentou seu monitoramento dos preços globais dos alimentos em
2009, durante a crise que afetou mais duramente os países
importadores, destacando baixos investimentos em agricultura nos
países em desenvolvimento.

Segundo o Banco Mundial, os preços globais caíram 8 por cento de
setembro a dezembro de 2011, encerrando o ano 7 por cento abaixo dos
níveis de dezembro de 2010.

"O pior aumento dos preços dos alimentos pode ter acabado, mas
precisamos continuar em alerta", disse Otaviano Canuto,
vice-presidente do Grupo do Banco Mundial para Redução da Pobreza e
Administração Econômica. "Os preços de certos alimentos continuam
perigosamente elevados, colocando milhões de pessoas sob o risco de má
nutrição e fome."

O banco alertou, no entanto, que a queda estável nos preços globais
pode ser interrompida se os padrões climáticos mudarem, ou caso os
preços do petróleo subam, elevando a volatilidade e a demanda por
biocombustíveis.

A volatilidade dos preços aumenta a incerteza e mantém os preços
altos, pois produtores estão incertos de como precificar seus
produtos.

A organização irmã do Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional
(FMI), alertou na semana passada que os preços globais do petróleo
podem subir até 30 por cento caso o Irã interrompa suas exportações,
como resultado das sanções da União Europeia e dos Estados Unidos.

Fonte: Reuters

http://www.portalacteo.com/PL/blog/?p=43044

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