quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Bombeiros sem dinheiro para combater incêndios

Alerta Liga dos Bombeiros Portugueses
A Liga dos Bombeiros Portugueses revelou esta quarta-feira que muitas
corporações de bombeiros estão sem dinheiro para responder aos actuais
incêndios florestais, alertando para a possibilidade de os carros
deixarem de combater os fogos por falta de verba para combustível.
15 Fevereiro 2012Nº de votos (0) Comentários (1)
Nas últimas semanas, algumas zonas do país foram fustigadas por
incêndios florestais, situação que é anormal para esta época de
Inverno e, como o dispositivo de combate aos fogos ainda não está
funcionar, são as corporações dos bombeiros que têm que suportar as
despesas, nomeadamente de combustível e com viaturas.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta
Soares, disse que, nesta altura do ano, "não há qualquer tipo de
financiamento" para as despesas com os incêndios florestais, que
trazem "custos acrescidos às corporações de bombeiros", que já estão
com problemas financeiros devido aos cortes no transporte em
ambulâncias de doentes não urgentes.
"Se não houver qualquer tipo de apoio financeiro não haverá capacidade
financeira para responder aos incêndios", sublinhou, acrescentando que
a qualquer momento "pode não haver dinheiro para as viaturas de
combate a incêndio saírem dos quartéis".
Nesse sentido, a LBP apela ao Governo para que os bombeiros sejam
ressarcidos de todas as despesas efectuadas no combate aos incêndios
das últimas semanas.
A LBP vai pedir a todas as federações distritais de bombeiros que
analisem os custos das corporações para que seja feito um pedido de
financiamento à Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).
Segundo a ANPC, desde o início do ano deflagraram mais de 1.700
incêndios florestais, que são sobretudo fogos de pequena dimensão e
ocorrem em matos, estando na sua origem principalmente as queimadas.
Explicando o motivo dos fogos nesta época de inverno, Miguel Cruz,
adjunto de operações nacionais da ANPC, disse que nos dois primeiros
meses deste ano houve uma completa ausência de precipitação o que
provoca elevados níveis de secura, contribuindo para as condições de
propagação de incêndios.
O relatório dos incêndios florestais do ano passado refere que, em
Janeiro e Fevereiro de 2011, meses em que se registou precipitação,
deflagraram 592 fogos, concluindo-se que este ano os fogos quase que
triplicaram.
Só no último fim-de-semana o número de ignições foi quase semelhante
às registadas em Fevereiro de 2011 (380) e apenas na segunda-feira
ocorreram 215.
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/bombeiros-sem-dinheiro-para-combater-incendios

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