sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

EUA lançam campanha mundial contra alterações climáticas

17.02.2012
AFP, PÚBLICO
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, lançou nesta
quinta-feira uma campanha mundial para reduzir poluentes responsáveis
por mais de um terço das alterações climáticas, especialmente metano e
fuligem.
Rodeada por representantes do Canadá, Bangladesh, México, Suécia e
Gana – membros da iniciativa – e do Programa das Nações Unidas para o
Ambiente (Pnua), Clinton convidou outros países a juntarem-se à
Coligação pelo Clima e pela Qualidade do Ar.
"Esta coligação, o primeiro esforço internacional do género, realizará
uma campanha mundial (...) para obter soluções contra os poluentes de
curta duração", como o metano e a fuligem, disse Clinton num discurso
no Departamento de Estado, em Washington.

"Mais de um terço das alterações climáticas é causado por poluentes
com curta duração de vida", acrescentou Clinton. Estes poluentes
"destroem todos os anos milhões de toneladas de colheitas e têm
efeitos devastadores na saúde. Milhões de pessoas morrem todos os anos
por respirar a fuligem e os gases emitidos pelos escapes das viaturas
que circulam nas nossas estradas", acrescentou.
Clinton acredita que atacar estas substâncias terá um efeito no clima
a curto prazo e citou um relatório da ONU segundo o qual "a eliminação
destas fontes de poluição até 2030 permitirá reduzir em 0,5ºC o
aumento previsto de 1ºC nas temperaturas do planeta até 2050".
O conselheiro governamental para as alterações climáticas, Todd Stern,
comentou ao jornal New York Times que "esta não é uma negociação sobre
quem se compromete com que metas, mas uma parceria voluntária que
pretende atingir resultados tangíveis num período de tempo
relativamente curto".
A coligação internacional, com um orçamento de 15 milhões de dólares -
11,5 milhões de euros - (12 milhões - 9,2 milhões de euros - pelos
Estados Unidos e 3 milhões - 2,3 milhões de euros - pelo Canadá) para
dois anos, permitirá "completar" as várias acções contra a redução dos
gases com efeito de estufa (GEE). Estas acções, a nível mundial, estão
a ser coordenadas no âmbito do Protocolo de Quioto, que os Estados
Unidos se recusaram ratificar e que o Canadá decidiu abandonar, no ano
passado.
O presidente do Institute for Governance and Sustainable Development,
Durwood Zaelke, acredita que "esta é uma declaração formal de que
estamos a abrir uma segunda frente de combate na guerra contra as
alterações climáticas". "Seríamos tolos que confiássemos apenas na
UNFCCC (Convenção Quadro da ONU para as Alterações Climáticas) para a
nossa salvação, apesar de lhe reconhecermos mérito. Isto é um
complemento, não um substituto."
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1534180&utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoEcosfera+%28Publico.pt+-+Ecosfera%29

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