sábado, 18 de fevereiro de 2012

Falta de chuva agrava cultivo de cereais para mínimo histórico

Previsões agrícolas
17.02.2012 - 15:23 Por Pedro Crisóstomo
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Superfície de trigo duro deverá ser a mesma de 2011, mas o cultivo de
trigo mole será menor
(Foto: Rui Gaudêncio)
As superfícies agrícolas semeadas com cereais atingiram um mínimo
histórico no final de Janeiro, prejudicadas pelo tempo seco, o frio e
a ausência de chuva, que ameaçam comprometer em particular as
pastagens e culturas forrageiras, revelou hoje o Instituto Nacional de
Estatística (INE) nas suas previsões agrícolas.
"Neste momento, a continuação do tempo seco começa a levantar
justificadas preocupações junto dos produtores, uma vez que os baixos
teores de humidade do solo, para além de contribuírem para o aumento
do stress hídrico, impedem que as adubações de cobertura possam ser
efectuadas com eficácia", explica o INE.

As sementeiras efectuadas a partir do final de Dezembro germinaram de
forma irregular, "já em défice de humidade". No final de Janeiro, a
percentagem de água no solo (comparada com a capacidade de água
utilizável) "era inferior a 70% em quase todo o território".
Mas este não foi o único factor que contribuiu para que alguns
produtores deixassem de semear ou optassem por não concluir as
sementeiras entretanto iniciadas.
A "baixa atractividade dos preços que têm sido pagos à produção"
contribuiu também, segundo o INE, para uma redução de 10% nas áreas
cultivadas de cevada e de 5% nos trigos. O centeio e o trigo duro são
os únicos que deverão manter a superfície semeada nos mesmos valores
do ano passado, de 21 mil hectares e três mil, respectivamente.
O cultivo de trigo mole deverá ser de 39 mil hectares, contra 41 mil
observados em 2011, enquanto o de cevada deverá ser de 16 mil
hectares, quando no ano passado ficou nos 18 mil hectares.
O INE revela ainda dados sobre a campanha de azeitona em 2011
destinada à produção de azeite, prevendo um aumento da produção de 5%,
para o saldo foi positivo, prevendo-se, face à campanha anterior, um
aumento de 5%, para 457 mil toneladas de azeitona, mas com
comportamentos diferentes entre regiões.
No Alentejo, a produtividade "foi bastante superior" à de 2010, ao
contrário do interior Norte e Centro, onde se registaram quebras de
produção por causa dos ataques da mosca da fruta, da falta de
precipitação em Setembro e Outubro e ventos fortes em Novembro.
http://economia.publico.pt/Noticia/falta-de-chuva-agrava-cultivo-de-cereais-para-minimo-historico-1534237

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