sábado, 25 de fevereiro de 2012

Seca: Governo vai pedir a Bruxelas ajuda para os agricultores

Portugal em situação de seca extrema. Governo admite pedir em março
antecipação do apoio comunitário para agricultores afetados.
Lusa e SIC
21:33 Sexta feira, 24 de fevereiro de 2012
As previsões apontam para a continuação de tempo seco em todo o país.
A falta de precipitação preocupa técnicos e agricultores. O primeiro
relatório sobre os prejuízos da seca será conhecido já na próxima
semana. Até ao final de março o Governo deverá pedir a Bruxelas para
acionar os mecanismos europeus de apoio aos agricultores afetados.
O Governo está a "sinalizar" a situação da seca em Portugal "junto de
Bruxelas", onde, "mais para o final de março", se reunirá o Conselho
de Agricultura, no qual o Executivo vai "falar" sobre o assunto e
"pedir já a hipótese de acionar mecanismos europeus, nomeadamente para
antecipar ajudas" aos agricultores, disse hoje a ministra da
Agricultura, Assunção Cristas.
"Não chove e temos prejuízos"


Segundo a ministra, a equipa criada pelo Ministério da Agricultura
para avaliar a situação da seca em Portugal está "a trabalhar
intensamente para fazer o levantamento de tudo o que são os prejuízos
já existentes e aqueles que previsivelmente ocorrerão".
"Para a semana", adiantou, a task force vai apresentar o primeiro
relatório com o "retrato" dos prejuízos da seca em Portugal e "reunir
com as organizações de agricultores para também trocar impressões com
todos e já com o panorama do país mais explicado".
A ministra explicou ainda que o Governo precisa de "ter dados muito
concretos" sobre os prejuízos causados pela seca, porque "não podemos
simplesmente dizer a Bruxelas: não chove e temos prejuízos".
"Temos que dizer onde é que eles estão, quais são em concreto e é esse
trabalho de colher toda a informação objetiva e fidedigna que estamos
a fazer", sublinhou.
Assunção Cristas revelou também que o Governo já pediu para
"inscrever" a "explicação e a informação" sobre a situação da seca em
Portugal nos "pontos de agenda" da próxima reunião do Conselho de
Ambiente, que vai decorrer no dia 9 de março em Bruxelas, ou seja,
ainda antes do Conselho de Agricultura.
A ministra da Agricultura falava aos jornalistas no concelho de Serpa,
no Baixo Alentejo, após ter efetuado a ligação de uma taberna à rede
elétrica nacional, no âmbito do projeto de eletrificação rural da
Serra de Serpa.
"Ainda é prematuro falar em calamidade pública"

Questionada sobre se o Governo admite decretar o estado de calamidade
pública, Assunção Cristas disse que o Executivo precisa de "mais
tempo", porque "é possível que chova e, se entretanto chover, as
coisas podem-se alterar".

"A nossa preocupação é "ter a 'task force' a acompanhar e a
monitorizar constantemente (a situação) e a fazer o levantamento do
que já são os prejuízos existentes e daqueles que podem ocorrer se a
situação se mantiver, para podermos em Bruxelas dar a informação
fidedigna", disse.
O Governo precisa de ter o primeiro relatório da 'task force' "com
tudo bem explicado" e "até lá é prematuro" falar em estado de
calamidade pública, frisou.
A ministra da Agricultura garantiu que o Governo está a "acompanhar" a
situação, tem ouvido "as preocupações dos vários setores" e "percebe a
angústia de muitos agricultores", mas precisa de ter "os dados
compilados" para poder "analisar a situação na sua totalidade".
O Governo vai "continuar a monitorizar" a situação e pedir a Bruxelas
"a flexibilização" do que "for possível", como das regras das medidas
agroambientais, para poder responder às situações, disse.
http://aeiou.expresso.pt/seca-governo-vai-pedir-a-bruxelas-ajuda-para-os-agricultores=f706963#ixzz1nPbN7o4x

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