quarta-feira, 28 de março de 2012

Deputado do PSD quer água gratuita do Alqueva para forragens

SECA NO ALENTEJO
por LusaOntem
O deputado do PSD Mário Simões sugeriu hoje que, perante a seca que
afeta o país, sejam produzidas forragens e erva no Alentejo para
alimentação dos animais, através da disponibilização gratuita de água
do Alqueva.
Esta proposta do deputado eleito por Beja, hoje divulgada pela
distrital alentejana do PSD, num comunicado enviado à Agência
"Num momento em que o ministério negoceia com Espanha e França o
fornecimento de rações para animais, com os custos inerentes à sua
aquisição e transporte", esta proposta é "alternativa ou, no mínimo,
complementar", refere o comunicado.
Depois de ouvir dirigentes associativos e empresários agrícolas, Mário
Simões defende "a produção de forragens e erva para alimentação dos
animais fazendo uso de pivots de rega e da água disponibilizada" pela
empresa gestora do Alqueva (EDIA), através do sistema de rega do
projeto.

"Assim, os agricultores que o pretendam e disponham de pivot ou
canhões de rega fariam a sua utilização no regadio de produções de
erva", explica, pedindo a atenção da ministra Assunção Cristas para as
suas propostas.
As condições climatéricas, sublinha, "revelam-se propícias", o que
permitiria que, já no próximo mês de maio, fosse "possível fazer a
primeira colheita do primeiro pasto".
"A rentabilidade deste tipo de produção poderia ser equivalente à
[das] culturas de milho e girassol", que oscila entre "os 2.000 e os
2.500 euros/hectare", disse.
Segundo o deputado social-democrata, a produção de erva garante um
rendimento entre os 1.300 e os 1.400 euros, mas, "se a EDIA
disponibilizar água gratuitamente, acresceriam cerca de 500 euros por
hectare".
Na mesma nota de imprensa, o deputado do PSD propõe ainda outra
medida, incidindo no financiamento da União Europeia para aplicar no
mundo rural.
"Dadas as circunstâncias e os pesados encargos que o sector agrícola
está obrigado a suportar em mais um ciclo de seca, as verbas deveriam
reverter, na situação concreta que se está a viver, para um fundo de
garantia de seguros à produção", sugere.
Além disso, dando como exemplo o concelho de Serpa, Mário Simões
defende uma "efetiva flexibilidade nos pagamentos dos encargos que os
agricultores têm de suportar com a Segurança Social e com as
Finanças".
"Centenas de agricultores" e empresas do ramo "estão a braços com
situações de penhora, por incumprimento das suas obrigações que
derivam da situação de crise profunda que grassa no sector agrícola",
alerta.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2387732&page=-1

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