quarta-feira, 14 de março de 2012

Governo diz que meios de combate a incêndios são «adequados»

12-03-2012 às 15:530

inShareO secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo
D`Ávila, considerou hoje «adequados» os meios de combate aos
incêndios, mas admite que podem vir a ser tomadas «medidas
excecionais» em situações extraordinárias.
«Nós não excluímos que, para situações excecionais, possam vir a ser
tomadas medidas excecionais», afirmou Filipe Lobo D`Ávila em
conferência de imprensa, no final da reunião da Comissão Nacional de
Proteção Civil, na qual foi aprovada a Diretiva Operacional Nacional
-Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF 2012).
O secretário de Estado explicou que, na sequência da «monotorização
constante e diária» feita pela Autoridade Nacional de Proteção Civil
(ANPC), já foram tomadas algumas medidas, dando como exemplo o
pagamento antecipado a algumas corporações de bombeiros e o reforço do
dispositivo.
«A propósito desta sobrecarga [de incêndios] que se tem sentido nestes
dois meses, o Governo determinou a antecipação de cerca de 400 mil
euros em verbas destinadas a 100 corpos de bombeiros, situados em
concelhos sujeitos a uma grande pressão, do ponto de vista do número
de incêndios», avançou.
Lobo D`Ávila sublinhou que, «não obstante as condições que o país
atravessa, conseguiu-se um pequeno reforço do dispositivo, que não
exclui outro tipo de medidas que poderão ser ponderadas através da
análise operacional feita pela ANPC».
O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais contará, no
verão, com mais nove mil elementos e 44 meios aéreos.
Este dispositivo representa um «esforço financeiro de 70,2 milhões de
euros» para a ANPC, dos quais 45 milhões de euros são para os meios
aéreos, 17 ME para despesas com pessoal, 1,7 ME para combustíveis e
6,5 ME para despesas extraordinárias, disse o comandante operacional
nacional da Proteção Civil, Vítor Vaz Pinto.
«As verbas que estão previstas são sensivelmente as mesmas», reforçou
Lobo D`Ávila, observando: «Com as mesmas verbas conseguiu-se um
reforço, nomeadamente, nos meses mais críticos».
Para o secretário de Estado, a aprovação deste dispositivo é
«absolutamente essencial para dar resposta a um verão que se estima
ser difícil», apelando também à sensibilização da população.
Como novidade para este ano, Filipe Lobo D`Ávila apresentou um projeto
piloto de monotorização, com recurso a novas tecnologias de prevenção
e combate a incêndios, que será operacionalizado através de um plano
de operações no Parque Nacional Peneda Gerês, resultante de uma
parceria entre os ministérios da Agricultura e da Administração
Interna.
Desde janeiro já deflagram cerca de 5800 incêndios em floresta e mato,
perto de cinco vezes mais do que nos três primeiros meses de 2011,
quando ocorreram 1653 fogos, segundo dados da ANPC e da Autoridade
Florestal Nacional.
Os dados indicam igualmente que, no último mês de fevereiro, com 4186
fogos, registaram-se mais incêndios florestais do que em agosto do ano
passado (3982).
Questionado pelos jornalistas sobre os meios atualmente no terreno, o
comandante Vaz Pinto adiantou que «estão adequados à situação que se
está a viver» e que, até agora, «o dispositivo tem respondido com
muita eficiência».
«O dispositivo responde de acordo com o risco», frisou.
Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=562819

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