sexta-feira, 2 de março de 2012

Seguro: "É altura" de o Governo "ajudar rapidamente" os agricultores que estão "com a corda ao pescoço"

SECA
por LusaOntem
O secretário-geral do PS defendeu hoje que "é altura" de o Governo
"ajudar rapidamente" os agricultores que estão "com a corda ao
pescoço" devido à seca e exigiu ao Executivo para antecipar ajudas e
ouvir os agricultores.
"É altura de o Governo (...) ajudar rapidamente os agricultores que
estão com a corda ao pescoço" devido ao "problema com a seca", disse
António José Seguro.
O líder do PS falava aos jornalistas durante uma visita a uma
exploração agrícola no concelho de Beja e após ter reunido, naquela
cidade, com agricultores da região, no âmbito do "Roteiro em Defesa do
Interior", que está a realizar.
Segundo o líder do PS, "há uma necessidade muito grande de fazer face
a este momento de seca" e o Governo, "em primeiro lugar", tem que
antecipar o pagamento das ajudas diretas aos agricultores, num total
de "cerca de 600 milhões de euros".

"Estamos a falar de fundos comunitários", frisou, sublinhando que, na
atual situação de seca, "seria muito oportuno que os agricultores
pudessem beneficiar dessas ajudas ou de parte delas".
Em segundo lugar, o executivo "tem que ouvir os agricultores", os
quais se queixam de que "nem sequer são ouvidos", disse, questionado:
"Como é que um Governo pode compreender as dificuldades dos
agricultores se nem os ouve?".
De passagem pelo Alentejo, António José Seguro defendeu também ser
"altura de o Governo agir, tomar decisões, clarificar o que quer fazer
no Alqueva", referindo que a posição do PS "é muito clara", ou seja, o
Governo deve "completar" o projeto.
"O Alqueva está parado completamente desde que o Governo tomou posse"
e os agricultores estão "aflitos e preocupados", porque "fizeram
investimentos e, neste momento, há um atraso muito grande" no projeto,
nomeadamente na construção de infraestruturas de regadio, disse.
Questionado sobre se o país tem condições para concluir o projeto
Alqueva, António José Seguro respondeu: "Ficou lá o dinheiro no Proder
(Programa de Desenvolvimento Rural".
"Há mais de oito meses que este Governo está em funções e, portanto,
tem que clarificar e esclarecer o que é quer fazer", mas "não pode é
retirar dinheiro" do Proder e que estava previsto para "ajudar a
completar" o projeto, disse.
Portanto, "aquilo que é necessário, neste momento, é aplicar esse
dinheiro. Estamos a falar de fundos comunitários, mas, se por
hipótese, não houvesse parte desse dinheiro, então essa explicação tem
que ser dada aos agricultores", disse.
Segundo o líder do PS, "não se pode é andar a dizer aos agricultores"
para investirem, "muitos deles recorreram ao crédito", e, "neste
momento, haver uma indefinição completa" em relação ao Alqueva.
"O que é preciso neste momento é que o Governo, em vez de estar com os
braços caídos, diga aos agricultores o que é que pretende fazer e
faça", insistiu, alertando que está previsto que a União Europeia
deixe de financiar perímetros de regadio a partir de 2015 e, por isso,
"temos até essa altura para poder aplicar e beneficiar dos fundos
comunitários".
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=2336386&page=-1

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