sábado, 28 de abril de 2012

“Agricultores de sofá” devem ficar excluídos na reforma da PAC

ASSUNTOS EUROPEUSA redação de Bruxelas

26/04 19:57 CET


Dois terços do orçamento da União Europeia são usados na Política
Agrícola Comum (PAC) e nos fundos de desenvolvimento regional. Mas
milhões de euros acabam nas mãos dos "agricultores de sofá" como lhes
chama a própria Comissão Europeia, que vai publicar uma lista negra
sobre pessoas e entidades que vão ficar excluídas das próximas ajudas.

Os verdadeiros agricultores, como o belga Marc Degossely, aplaudem a
intenção: "Um proprietário é alguém que tem capital e o investiu em
terra, ficando à espera de receber as receitas do arrendamento. Já um
agricultor é aquele que vive da produção da terra e que está à mercê
dos preços internacionais dos produtos agrícolas, que umas vezem sobem
e outras descem. É este último que deve receber ajuda", disse à
euronews.

Quem vai receber subsídios da PAC entre 2014 e 2020 é um dos temas que
domina a reunião dos ministros da Agricultura, no Luxemburgo, esta
quinta e sexta-feira. O Parlamento Europeu, que entregará um relatório
em Junho, também defende critérios claros.

"Estamos a falar dos campos de golfe, dos aeroportos e de outros
proprietários de terra que nada têm a ver com a agricultura, como as
companhias de seguros. É, portanto, necessário esclarecer quem deve ou
não ser financiado pela PAC e deixar que os Estados membros definam,
entre os seus agricultores ativos, quais os que cumprem os critérios
para receberem ajudas", considera o eurodeputado italiano socialista
Paolo de Castro, que preside à comissão de Agricultura.

Os subsídios vão ser plafonados em três escalões, com um teto máximo
de 300 mil euros.

Portugal é um dos países que poderá sofrer com a nova versão da PAC,
na medida que esta deverá canalizar mais dinheiro para os países do
Leste, que entraram na União em 2004.

http://pt.euronews.com/2012/04/26/agricultores-de-sofa-devem-ficar-excluidos-na-reforma-da-pac/

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