quarta-feira, 4 de abril de 2012

CAP defende que acordo JM não agravará custos financeiros aos agricultores

Distribuição

04 Abril 2012 | 13:55
Isabel Aveiro - ia@negocios.pt
Rita Faria - afaria@negocios.pt


Confederação e Pingo Doce anunciaram hoje acordo para reduzir prazos
de pagamento para 10 dias
O protocolo formalizado pelo grupo de distribuição Jerónimo Martins,
dona da cadeia Pingo Doce, e a CAP – Confederação dos Agricultores,
não trará custos acrescidos para as empresas fornecedoras
subscritoras, defenderam hoje os responsáveis das duas entidades.

Em conferência de imprensa hoje realizada, João Machado, presidente da
CAP, afirmou que a confederação de agricultores só avança com o acordo
– com duração de 12 meses – porque se mantém entre a JM e os seus 402
fornecedores "a mesma relação comercial". Se fossem aumentados os
descontos financeiras aos produtores a CAP não assinaria o acordo,
garantiu João Machado. Este é a "primeira iniciativa" relativa a
prazos de pagamento assinada com a distribuição moderna em Portugal,
acrescentou.

Com a parceria, a JM antecipa em 50 dias o pagamento a cerca de 700
produtores agro-pecuários, numa medida que implica uma gestão de
tesouraria com num impacto de 80 a 100 milhões de euros. Numa altura
em que as PME do sector vivem aumentos dos factores de produção,
também por causa da seca, e deparam-se com falta de liquidez e
dificuldade em acesso ao crédito, este é um acordo "extremamente
relevante", garantiu.

Em troca, a JM assegura "a estabilidade da cadeia de abastecimento"
destes seus 402 fornecedores portugueses, que representam "50% dos
fornecedores nacionais de frescos" da cadeia Pingo Doce, garantiu
Pedro Leandro.

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