quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pingo Doce reforça aposta na alimentação

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19 de Abril, 2012por Ana Serafim
Se no princípio estava, sobretudo, focada na venda de ingredientes
para cozinhar em casa, a Jerónimo Martins está agora a diversificar e
a alargar a sua oferta alimentar, apostando também na restauração e
nas refeições prontas.
Por isso, nos últimos anos, tem vindo a equipar os seus supermercados
Pingo Doce com os restaurantes Refeições no Sítio do Costume e com
serviços de take away que incluem churrascaria, salgados, comida
fresca tradicional ou sopas, sandes, sobremesas e bolos.
«O investimento começou a ser concretizado a partir de 2007 e foi
muito intensificado no ano passado com a nova cozinha que abrimos em
Odivelas [Grande Lisboa], e que é um passo em frente na capacidade de
conseguir proporcionar comida tradicional portuguesa», explica o
director-geral do Pingo Doce, Luís Araújo, em entrevista ao SOL.
Nesta lógica – e a par dos frescos, da marca própria e do preço – a
área das soluções de refeição, (denominada no grupo por meal
solutions, englobando os restaurantes e o take away), foi definida em
2010 como um dos pilares de diferenciação da insígnia.

«Esta oferta complementar nas meal solutions é estratégica e
acrescenta valor às lojas», diz o responsável. E sublinha que nos
supers em que existem, considerando a respectiva área de influência,
permite «conseguir, em média, um a dois pontos mais de quota de
mercado, o que significa um maior efeito de atracção».
No final de 2011, ano em que abriu o seu maior restaurante, no Pingo
Doce do Forum Sintra, o grupo tinha 34 espaços Refeições no Sítio do
Costume, mais um do que em 2010 e mais 12 do que em 2009. E serviu
mais de 3,5 milhões de refeições, o que compara com três milhões em
2010. Até Junho, as vendas tinham crescido cerca de 40% face ao mesmo
período de 2010, indica o grupo, sem revelar a receita total gerada,
nem o peso deste negócio nos resultados finais.
Em 2011, ampliou também o número de lojas com pontos de venda de
comida para levar, que passaram a existir em 230 dos 379 supermercados
(contra 214 em 2010 e 181, em 2009), vendendo 30 mil toneladas de
alimentos. Só frangos assados foram dez milhões de unidades e 5,3
milhões de unidades de salgados.
Abrir mais restaurantes
Num ano em que já afirmou que defender a rentabilidade das suas lojas
é uma prioridade, e com o número de aberturas de novos Pingo Doce a
abrandar, o grupo deverá ainda assim continuar a investir nesta área –
mas escusa-se a detalhar previsões de investimento.
Em Março abriu um novo restaurante, em Santa Maria da Feira e já este
mês inaugurou outro na Prelada, somando cerca de 4.000 lugares
sentados. Segue em contra-ciclo com o comportamento nacional do
sector, que tem sido afectado por fechos.
«Temos a expectativa de acabar o ano com crescimento face à área de
refeições e contamos também encontrar oportunidades de aberturas de
espaços de restauração em 2012», reitera o director, não excluindo um
abrandamento no ritmo de expansão devido à conjuntura. «A nossa visão
de longo prazo é que esta área seja muito importante no Pingo Doce»,
conclui.
ana.serafim@sol.pt
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=47236

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