sábado, 21 de abril de 2012

Vinho português é o 3.º mais vendido no Brasil. Este ano serão mais 25%

A Wines of Portugal vai investir sete milhões de euros na promoção de
vinhos portugueses em nove mercados internacionais


Nuno Vale, da Viniportugal
Diana Quintela
21/04/2012 | 00:00 | Dinheiro Vivo
"Em três anos queremos ser o hot spot do vinho a nível internacional.
Significa isto colocar os vinhos portugueses na posição de que toda a
gente fala e quer." Este é o objetivo revelado por Nuno Vale, diretor
de marketing da Viniportugal, associação que gere a marca que promove
internacionalmente os vinhos portugueses, a Wines of Portugal.
E como lá chegarão? Através de um investimento de 7 milhões de euros,
a três anos, em nove mercados definidos como prioritários, entre os
quais o Brasil - país que está a ponderar um aumento do imposto de
importação de 27% para 55%, com risco para os vinhos portugueses, é o
segundo onde se prevê gastar mais dinheiro (15% do orçamento).
E se a medida fiscal avançar? O responsável da Wines of Portugal
prefere nem pôr a questão. "Espero bem que não aconteça, porque uma
medida destas teria um impacto tão grande que quem está no mercado
iria precisar de muito apoio na promoção", diz, frisando que as
entidades competentes estão a trabalhar no assunto.
"O Brasil é muito importante porque tem uma classe média a crescer e o
seu poder de compra também está a aumentar. Além de ser um mercado
enorme", diz Nuno Vale, adiantando que os vinhos portugueses são bem
recebidos. "Somos o terceiro país, em termos de origem, em quota de
mercado (12%), com a Argentina e o Chile à frente, pois estes têm
condições privilegiadas - não pagam os impostos que os vinhos
portugueses pagam", diz o mesmo responsável.
Ainda assim, é possível prever um crescimento de 25% no negócio no
Brasil, onde vai decorrer a Expovinis (24 a 26 de abril), uma das
feiras mais importantes do país e onde estão 56 produtores de quase
todas as regiões.
Já o primeiro mercado em termos de promoção (36%), os Estados Unidos,
deverá crescer 41%, elevando a quota para 1,5%, sobretudo graças ao
foco em Nova Iorque, São Francisco e Miami. Porque há um grande
interesse nos vinhos portugueses, graças às boas pontuações e aos
prémios dados pelas publicações da especialidade, mas ainda assim a
notoriedade é baixa, a Wines of Portugal optou por uma comunicação
arrojada em termos de copy e com uma imagem de Portugal mais moderno.
Outro mercados-estrela é a China, para onde vai 9% do budget de
promoção e onde é esperado um crescimento do negócio de 187,5%. "É um
mundo completamente à parte", define Nuno Vale, referindo que só no
ano passado as vendas de vinhos portugueses subiram 123%, devido ao
aumento exponencial da procura de uma classe média que também aqui
está a crescer.
"O interesse dos agentes económicos é enorme", diz, apontando para a
melhoria dos resultados de 2011: um crescimento de 22% (para 2,2 mil
milhões de litros) em volume e de 10% em valor (358 milhões de euros).

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO042634.html?page=0

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