quinta-feira, 3 de maio de 2012

Indústria agro-alimentar pede actuação rápida da ASAE no caso Pingo Doce

Distribuição

03.05.2012 - 14:55 Por Ana Rute Silva
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(Pedro Elias/Arquivo)
A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) aplaude
a intenção do Governo de introduzir nova legislação que proteja os
fornecedores.

A Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) pediu
uma "actuação rápida" da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
(ASAE) para averiguar se o Pingo Doce vendeu produtos abaixo do preço
de custo, durante a campanha surpresa de 50% de desconto no 1º de
Maio.


"Esperamos que haja uma actuação rápida das autoridades para perceber
melhor os contornos desta situação", disse Pedro Queiroz,
secretário-geral da organização, que representa associações e empresa
do sector agro-alimentar.

A FIPA aplaude o anúncio feito ontem por Assunção Cristas no
parlamento. A ministra da Agricultura anunciou que tem planos para
introduzir novas leis que travem abusos e promoções inesperadas na
distribuição, quase sempre feitas à custa da redução das margens de
lucro dos fornecedores.

"Estamos com muita atenção a avaliar as situações e planeamos produzir
legislação nessa matéria, nomeadamente no que tem a ver com alterações
dos contratos que não estão escritas, a meio dos períodos de
contratação, procurando repercutir situações de inesperadas promoções
que depois vão parar ao próprio produtor", disse, ouvida pela TSF.

O grupo Jerónimo Martins, dono da cadeia de supermercados Pingo Doce,
refutou as acusações de estar a vender com prejuízo. As imagens de
carrinhos a abarrotar de compras, discussões e confusões que levaram a
PSP a intervir não impressionaram a empresa cotada, com lucros de 340
milhões de euros em 2011. Fonte oficial da empresa que detém o Pingo
Doce recusa as críticas de falta de planeamento e sublinha que a
confusão instalada em algumas das lojas era "expectável", tendo em
conta a concentração massiva de pessoas.

Em entrevista ontem à noite na TVI, Luís Araújo, director-geral do
Pingo Doce, defendeu que esta era a altura ideal para fazer a
campanha. "Achávamos que era altura, no espírito da nossa missão,
oferecer um pouco mais" do que o habitual, disse.

Em média, os clientes compraram muito mais do que habitualmente,
procurando os bens de primeira necessidade e os não perecíveis. "O
balanço é positivo, considerando-se a acção como conseguida", diz
fonte oficial.

http://economia.publico.pt/Noticia/industria-agroalimentar-pede-actuacao-rapida-da-asae-no-caso-pingo-doce-1544539

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