quinta-feira, 10 de maio de 2012

Pingo Doce não repetirá campanha do 1.º de Maio

HOJE às 09:06 actualizada às 10:180


inShareO presidente do grupo Jerónimo Martins assegurou na
quarta-feira que não vão repetir-se nos supermercados Pingo Doce
campanhas promocionais como a do 1.º de Maio, mas admitiu que vai
«continuar uma política agressiva» de vendas.
«Não queremos perder vendas (...). A prioridade é a venda, não é o
lucro», justificou, em entrevista à SIC Notícias, Alexandre Soares dos
Santos, que lidera o grupo proprietário da cadeia de supermercados
Pingo Doce.
Soares dos Santos adiantou que campanha do feriado do Dia do
Trabalhador, com a qual os clientes obtinham 50 por cento de desconto
para compras superiores a 100 euros, destinou-se a recuperar «vendas
perdidas» e rendeu 25 a 27 milhões de euros.
Contudo, frisou que o grupo «não vai repetir este tipo de promoções»,
com o argumento de que são caras.

Um dia depois da campanha, a Jerónimo Martins assegurara que a «acção
comercial» era uma das várias iniciativas do género previstas para
este ano.
Confrontado com as declarações recentes da ministra da Agricultura, a
propósito do caso, Soares dos Santos questionou quais são os
«fornecedores que se queixam de que a Jerónimo Martins deu cabo
deles».
Assunção Cristas admitiu no sábado a necessidade de legislação para
regular a relação contratual entre produtores e distribuidores,
considerando «inadmissível» que descontos como os promovidos pelo
Pingo Doce no feriado do 1.º de Maio sejam «imputados» aos produtores.
O presidente do grupo Jerónimo Martins alegou que na campanha não
houve prática de 'dumping' (venda a preço inferior ao do custo),
embora tenha admitido que possa ter havido «um ou outro preço errado»
em 16.000 referências de produtos.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) concluiu ter
havido ilegalidades na campanha promocional do Pingo Doce e entregou o
processo à Autoridade da Concorrência.
O Pingo Doce optou por abrir as suas lojas no feriado do Dia do
Trabalhador e deu descontos de 50 por cento aos clientes que faziam
compras superiores a 100 euros.
A campanha promocional resultou numa grande afluência às lojas,
provocando, nalguns casos, desacatos e agressões, que levaram à
intervenção da PSP.
Diário Digital com Lusa

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=572005

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