Praga da lagarta afeta sobreiros do Litoral Alentejano

Sociedade


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Uma das maiores manchas de sobreiro do mundo está a ser atacada por
uma praga de lagartas que provoca a desfolhagem da árvore e afeta a
qualidade da cortiça.


A praga da lagarta Lymantria, que em 2011 atacou o montado de Cercal
do Alentejo, alastrou este ano aos concelhos de Grândola e Odemira,
levando ao desespero os produtores de cortiça do Litoral Alentejano.

António Oliveira, proprietário da herdade da Moitinha, em Odemira não
sabe o que fazer para dizimar os milhões de insectos que, no final do
mês de Maio, deixaram centenas de sobreiros, num raio de 100 hectares,
com um aspeto desolador.


Preocupado com o futuro dos sobreiros, António Oliveira, decidiu
chamar as autoridades florestais que apontaram como solução "a
colocação de armadilhas para caçar a borboleta e evitar um cenário
ainda pior" no próximo ano.

Luis Dias da Confederação de Agricultores de Portugal (CAP)
desdramatiza a situação e garante que a praga da lagarta Lymantria
"não mata o sobreiro" e que em "mais de 90% dos casos as árvores
afectadas recuperam".

Além de não existirem produtos quimicos homologados para combater o
insecto, os efeitos em termos ambientais podem trazer outras
complicações, adianta.

O responsável recomenda, a monitorização dos terrenos, a "limpeza do
mato" e a "fertilização do solo" para "ajudar na recuperação das
plantas".

A CAP pretende reunir nas próximas semanas com os produtores da região
para esclarecer sobre as medidas de prevenção e combate à praga da
lagarta.

Recorde-se que a área de montado de sobro em Portugal é de 740 mil hectares.

Helga Nobre

http://www.mirobriga.pt/index.php?file=paginaprincipal/noticias/noticia.htm&id=7106