sábado, 28 de julho de 2012

Copa-Cogeca: Estimativas para a produção de cereais na UE


27-07-2012
  
O Copa-Cogeca publicou as suas novas estimativas referentes à produção de cereais da União Europeia dos 27 para a campanha 2012/2013.

Segundo a organização, prevê-se que a produção reduza cerca de 1,4 por cento em comparação ao ano anterior, apesar de um pequeno aumento da superfície. Devido às condições meteorológicas extremas, os agricultores viram-se obrigados a replantar um milhão e meio de hectares, embora limitados pela falta de sementes comerciais.

O presidente do grupo de trabalho “Cereais”, Ian Backhouse, declarou que «este ano uma grave seca atingiu a Espanha e Portugal, como a destruição generalizada de culturas pelas geadas levaram os agricultores a replantar mais de um milhão e meio de hectares. Os agricultores têm atenuado essas perdas preferindo culturas de primavera alternativas. No entanto, esta iniciativa de alterar as culturas para responder à procura de mercado foi limitada devido à escassez de sementes comerciais e, por falta de capacidade para utilizar as suas próprias sementes de exploração cultivaram menos».


Ian Backhouse acrescentou que a nova política agrícola comum (PAC) posterior a 2013 não devia limitar os agricultores na hora de escolher, para que possam responder aos sinais do mercado e às condições meteorológicas variáveis. As novas medidas da Comissão, encaminhadas para uma PAC mais “verde”, não deveriam criar obstáculos a esta flexibilidade», referindo-se, em particular, à diversificação das culturas, que obriga os agricultores a produzir um mínimo de três».

O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, insistiu que «segundo as estimativas, as novas medidas para uma política ”verde” vão ter repercussões significativas para o potencial da produção da União Europeia (UE), que pode vir a cair cerca de três por cento, um cenário indesejável perante a seca e as geadas, para além do aumento da procura mundial de alimentos.

Pesonen afirma que as «propostas devem ser revistas e além disso cada vez se investiga menos acerca de novas moléculas, uma tendência que no futuro pode criar menos oportunidades para responder aos desafios globais da sociedade, sendo crucial contar com mais investimentos na investigação e inovação», concluiu o secretário-geral.

Fonte: Copa-Cogeca

http://www.confagri.pt/Noticias/Pages/noticia44395.aspx

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