terça-feira, 17 de julho de 2012

Moscatel português eleito um dos três melhores do mundo

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Por Fugas, Lusa
12.07.2012
Um moscatel de 1980 da Adega de Favaios foi declarado o 3.º melhor do
mundo. É o único português no top 10 do concurso mundial de moscatéis
de Montepellier. Mesmo a tempo dos 60 anos da adega e da inauguração
do Museu de Favaios
Depois de em 2011 um moscatel luso ter sido declarado, pela primeira
vez, o melhor do mundo, este ano é um moscatel duriense de 1980, "doce
sem exageros", que acaba de conquistar o 3.º lugar no concurso mundial
de moscatéis de Montepellier, França, a que concorrem 232 néctares de
24 países.

Os resultados do Muscats du Monde foram revelados esta semana e o
vinho da Adega de Favaios é o único português no top 10, tendo também
obtido uma medalha de ouro. A adega, que está a celebrar 60 anos de
existência, foi também reconhecida pelo seu Moscatel 10 anos, que
levou para "casa" a quarta medalha de ouro consecutiva.

O concurso contou com a participação de um júri composto por 55
elementos que realizaram uma prova cega. Este ano, foram destacados
33% dos vinhos com medalhas no concurso.

À frente do moscatel duriense, ficaram o Vin de Pays de l'Ile de
Beauté Muscat Modérato Nectar 2011 e o BTL Lanzarote Moscatel Dulce
(Espanha), este último declarado o melhor do mundo.

Além das distinções para Favaios, houve ainda honras para cinco
moscatéis da península de Setúbal. O Moscatel de Setúbal - Reserva
2006, da casa Venâncio Costa Lima, que em 2011 foi declarado o melhor
do mundo, um feito inédito para os moscatéis lusos, recebeu agora uma
medalha de ouro. O mesmo prémio foi ainda para o Malo Tojo Estates
2009. Já a medalha de prata foi atribuída ao SIVIPA 1996, ao moscatel
2010 da Adega de Pegões e ao Reserva António Saramago 2007.


Favaios 1980

O Moscatel 1980 da Favaios , casta "100% Moscatel Galego", é
apresentado como denotando "na cor âmbar dourada muito apelativa o seu
envelhecimento de mais de 30 anos". Possui um aroma "muito intenso",
com "notas de torrefacção", onde se destacam "os aromas a mel, passas
e figos secos". "Doce", sim, mas, sublinham "sem exageros". É
"encorpado e bastante harmonioso com aromas de boca a lembrar café,
cacau e mel". Tem um teor alcoólico de 16,7% e foram produzidos
14.500 litros. Na loja online da Adega de Favaios, o moscatel 1980
está à venda por 26 euros. Segundo o enólogo Miguel Ferreira, "por si
só pode e deve ser degustado de forma isolada" e casa na perfeição
"com a variada doçaria conventual".


Museu de Favaios

Mais de uma década após o lançamento do projecto, é inaugurado este
sábado o Museu de Favaios, em Alijó. Um núcleo museológico do Museu do
Douro que é uma "homenagem, um reconhecimento às pessoas que souberam
preservar dois produtos de excelência: o pão e o vinho de Favaios",
segundo disse o presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, à
Lusa. O Núcleo Museológico Favaios, Pão e Vinho representa um
investimento global de 834 mil euros. Numa primeira sala de
exposições, o protagonista é o vinho e a casta que está na sua origem:
a moscatel galego, fazendo referência ao solo, aos cheiros e cores do
favaios. Numa segunda sala, as atenções viram-se para o pão, desde o
cereal, à moagem e ao amassar deste produto.

http://fugas.publico.pt/Vinhos/307718_moscatel-portugues-eleito-um-dos-tres-melhores-do-mundo

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