segunda-feira, 23 de julho de 2012

Rússia não vai aumentar exportação de cereais

20 de Julho, 2012

As exportações russas de cereais não deverão aumentar em resultado do
aumento dos preços domésticos, causado pela pior seca dos últimos 56
anos nos Estados Unidos, noticia a Ria Novosti, depois de ouvir vários
especialistas.
«[A exportação russa de cereais] não pode aumentar quando os nossos
preços internos são iguais aos internacionais e até superiores em
algumas regiões», afirmou o presidente da União Cerealífera Russa,
Arkady Zlochevsky.

A seca nos Estados Unidos provocou a subida dos preços internacionais
do trigo, milho e soja para níveis não vistos desde 2008, com os
preços dos cereais, incluindo os destinados à produção de
biocombustíveis, a aumentarem acentuadamente desde meados de Junho.


O preço do milho no mercado de futuros da Bolsa de Mercadorias de
Chicago atingiu um recorde de 8,16 dólares (6,71 euros) por bushel (25
quilos) na quinta-feira, tendo subido mais de 55 por cento desde 15 de
Junho, enquanto que a soja atingiu os 17,49 dólares por bushel (27
quilos).

A seca forçou o governo norte-americano, na semana passada, a rever em
baixa de 13 por cento a sua previsão de produção de milho em 2012 para
12,9 mil milhões de bushels.

O aumento destes preços nos EUA afecta os preços nos outros países,
destacaram os analistas. Na Federação Russa, os preços do trigo
atingiram um patamar inédito, entre os 8.800 e 8.900 rublos (224,5 –
227 euros) por tonelada no início de Julho e já subiram aos 9.500
rublos em várias regiões russas na semana corrente, o que pode
provocar o aumento do preço da forragem e da carne.

«Os preços [internos russos] subiram e agora estão próximos dos
valores máximos absolutos provocados pela seca nos Estados Unidos»,
disse o director executivo da agência de notícias agrícolas Sovecon,
Andrei Sizov.

A subida do preço do trigo na Federação Russa também resulta da
recente revisão em baixa da previsão da colheita, de 94 milhões de
toneladas para uma quantidade entre as 80-85 toneladas e das
continuadas chuvas no Sul da Federação.

Lusa/SOL

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=54916

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